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Governo age rápido para acabar greve

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Salvador (AE) – Os prejuízos causados pela greve da Polícia Militar da Bahia no início de 2012 deixaram lições para o governo do Estado e propiciaram um fim rápido para a paralisação feita pela corporação este ano. Naquele ano, a administração pública negligenciou o início do movimento, que nos primeiros dias era praticamente restrito a uma das seis associações representantes dos policiais e afetava mais cidades do interior do que a capital.

A paralisação, porém, ganhou força rapidamente, chegou a Salvador e paralisou completamente os sistemas de segurança do Estado. Quando o governo reagiu mais fortemente, convocando tropas nacionais para auxiliar o policiamento, a Assembleia Legislativa já havia sido tomada por cerca de 3 mil policiais, o pânico estava instalado na população e os índices de violência já haviam batido recordes.

#SAIBAMAIS#Apenas na região metropolitana da capital, durante os 12 dias daquela greve, entre o fim de janeiro e fevereiro, por exemplo, foram registrados 180 homicídios, média de 15 por dia – quase 150% a mais do que a média diária da semana anterior à paralisação, de 6,2. O Exército cercou a AL e por diversos momentos um confronto armado entre policiais e militares foi iminente. Enquanto isso, as ruas permaneceram vazias, o comércio e as escolas, fechados. Grupos de vândalos e criminosos aproveitaram para realizar crimes diversos – um cenário de guerra poucos dias antes do carnaval.

Os prejuízos para população e empresários foram debitados na conta político-eleitoral do governador Jaques Wagner (PT), até então tido como exímio negociador. Integrantes de seu partido – e de seu governo – avaliam que a mobilização da PM foi determinante para o retorno aos holofotes, no Estado, dos chamados “carlistas”, grupo que comandou a Bahia durante quase quatro décadas, liderado pelo senador Antônio Carlos Magalhães (1927 – 2007), mas que andava em baixa desde meados da última década. Naquele ano, o DEM, partido derivado do PFL de Magalhães, elegeu os prefeitos das duas maiores cidades do Estado: Antônio Carlos Magalhães Neto, o ACM Neto, em Salvador, e José Ronaldo, em Feira de Santana.

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