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Governo do Rio e Ministério da Defesa definem estratégia de combate ao tráfico

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Desde o início da tarde desta sexta-feira (26), uma tropa do Exército brasileiro formada por 800 militares da Brigada de Paraquedistas do Rio de Janeiro começou a ocupar todo o perímetro do Complexo do Alemão e da Vila Cruzeiro, na Penha, para fazer a segurança nos acessos a essas comunidades da Zona Norte da cidade. A ação complementar às operações de combate das forças de segurança pública do estado, com o apoio logístico da Marinha, à onda de violência provocada por traficantes, foi deflagrada enquanto o governador Sérgio Cabral e o secretário de Segurança, José Mariano Beltrame, mantinham uma reunião, no Palácio Guanabara, com o ministro da Defesa, Nelson Jobim, e comandantes das três forças, para acordar a estratégia integrada de combate ao tráfico.

Nesta quinta-feira (25/11), o ministro da Defesa assinou a Diretriz Ministerial nº 14, que determina às Forças Armadas o reforço do apoio ao Governo do Rio nas operações de combate à criminalidade. A Operação de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) foi solicitada pelo governador e autorizada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A tropa enviada pelo Exército será utilizada exclusivamente na proteção do perímetro de áreas conflagradas definidas pelas forças estaduais, integradas por homens do Batalhão de Operações Especiais (Bope), das polícias Militar e Civil, do Batalhão de Choque e de delegacias especializadas.

O governador Sérgio Cabral destacou, em coletiva de imprensa realizada na tarde desta sexta-feira, no auditório do Palácio Guanabara, a dimensão histórica desse momento e do processo de retomada do estado de direito democrático que o Rio de Janeiro vive hoje e, cujo objetivo, nada mais é do a paz e a libertação de comunidades dominadas pelo tráfico e pelas milícias.

“O que está em jogo é uma política de segurança pública fundamentada, articulada, que permitirá à nossa população a paz e a tranquilidade tão esperadas. E a população do Rio tem demonstrado essa confiança. E, nesse momento, ter a demonstração do governo federal, por intermédio do Ministério da Defesa, de apoio a esta política e às ações que demandamos, é absolutamente fundamental. O que estamos demonstrando àqueles que não respeitam a lei, àqueles que acreditam na vida marginal, é que o estado de direito democrático se uniu e está se fazendo plenamente presente, em uma integração, um suporte e apoio recíprocos”, ressaltou Cabral.

O ministro da Defesa, por sua vez, cumprimentou o governador Sérgio Cabral pela coragem da decisão, que sempre tem um grau de risco, de mudança de paradigma. O momento, segundo Jobim, é de enfrentar os riscos, e o estado do Rio conta com total e irrestrito apoio do governo federal no cumprimento do direito exercido pelo governador quando solicitou as forças do Exército para combater o tráfico.

“O que fica claro, nitidamente, é isso: no que diz respeito às relações entre o Ministério da Defesa e os governos estaduais, estamos numa mudança de paradigma nas relações que têm que ter as forças militares federais com as forças militares e civis dos estados federados. No passado, havia atrito “corporativo” entre as esferas, mas esse tempo passou. Agora ficou claro que a definição dos objetivos estratégicos é uma decisão política fixada pelo poder civil, a ser executado na parte estratégica e na parte operacional e tática pelas forças militares e, também, pelas forças civis policiais”, explicou Jobim.

Assim, os 800 homens do Exército estarão sob o comando do general Adriano Pereira Junior, comandante militar do Leste, e vão trabalhar em articulação com as forças de segurança estaduais e federais. O secretário Beltrame, por exemplo, adiantou na coletiva que o posicionamento dos militares nos acessos da Vila Cruzeiro e Complexo do Alemão a partir de hoje é fundamental para liberar centenas de policiais civis e militares para atuarem em outras áreas da cidade onde se façam necessárias ações de repressão, combate e investigação.

Além das tropas, o governo federal também vai mandar para o Rio de Janeiro três helicópteros da Força Aérea e dez veículos blindados, que serão utilizados basicamente no transporte de policiais, além de equipamentos de comunicação e óculos para visão noturna.

* Fonte: Governo do Rio.

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