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Gravações indicam causa da queda

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Moscou (AE) – Autoridades ucranianas disseram ontem que dados retirados das caixas pretas do Boeing que fazia do voo MH17 da Malaysia Airlines mostram que a aeronave foi destruída por uma “enorme descompressão explosiva” causada por estilhaços de um míssil. A suposta causa da queda do avião de passageiros foi revelada pelo coronel Andriy Lysenko, porta-voz do Conselho Nacional de Segurança e de Defesa, mas não foi confirmado por autoridades europeias, que vem analisando os dados do avião.
Avião caiu no Leste da Ucrânia, matando as 298 pessoas a bordo
A aeronave caiu no dia 17 de julho, quando fazia a rota Amsterdã-Kuala Lumpur, com 298 pessoas a bordo. O Boeing voava a 33 mil pés sobre uma zona de conflito no leste da Ucrânia, altitude que, segundo especialistas, só pode ser atingida por sofisticados mísseis terra-ar. O governo ucraniano e agências norte-americanas dizem que o míssil parece ter sido disparado de território controlado por separatista pró-Rússia. Os rebeldes afirmam que não possuem armas capazes de atingir um avião naquela altitude.

As caixas pretas estão sendo analisadas no Reino Unido depois de terem sido entregues pelos rebeldes para autoridades malaias, na semana passada.  Especialistas em segurança aérea dizem que os dispositivos a bordo do avião são versões antigas dos sistemas de gravação e devem fornecer apenas informações limitadas no que diz respeito à sequência de eventos ocorridos após o suposto míssil ter atingido o avião.

Tanto o sistema de gravação de dados do voo quanto o de gravação de voz na cabine foram produzidos em meados da década de 1990, antes de os reguladores exigirem que tais dispositivos em novos jatos incluíssem memórias maiores, mais velocidade de gravação e baterias de reserva no caso de falha repentina dos sistemas elétricos.

Por essas razões, os investigadores podem acabar com dados incompletos sobre os segundos imediatamente posteriores ao impacto do míssil e registros de voz da cabine mostrando muito pouco além dos sons do impacto.

A derrubada do avião pode ser considerada um crime de guerra, segundo informou o Alto Comissariado de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas. O chefe da agência da ONU, Navi Pillay, pediu uma investigação rígida sobre a possível violação das leis internacionais que possam ter ocorrido na queda do voo MH17.

O comentário coincide com a divulgação do relatório que registra a morte de pelo menos 1.129 pessoas nos conflitos no leste da Ucrânia até o último fim de semana. O documento diz ainda que 3.442 pessoas ficaram feridas e mais de 100 mil tiveram de deixar suas casas desde o acirramento do conflito em abril. “A violação da lei internacional pode ser considerada um crime de guerra nessas circunstâncias”, disse. “É imprescindível que uma imediata, efetiva e imparcial investigação seja conduzida sobre esse incidente.”

Durante o fim de semana, o conflito entre as tropas do governo ucraniano e os rebeldes pró-Rússia impediu que o grupo de investigadores holandeses e australianos chegasse ao local dos destroços. Nesta segunda-feira, os especialistas tentarão novamente acessar os destroços para iniciar as investigações.

Os corpos e os restos mortais de algumas vítimas ainda não foram recuperados e a equipe enviada à Ucrânia afirma que ainda não conseguiu iniciar um investigação apropriada na região onde estão os destroços do avião.

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