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Greve da Civil sem data para acabar

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A greve da Polícia Civil no Rio Grande do Norte continua forte e não tem previsão para terminar. Até ontem à noite, o governo do Estado não havia se pronunciado sobre as reivindicações da categoria que pretende manter a paralisação, inclusive, durante o Carnatal, evento com início marcado para amanhã e prosseguindo até o domingo (6), na capital.

Policiais civis decidem continuar com a paralisação até que o governo do Estado se pronuncieEstão em funcionamento: a Delegacia de Plantão da zona Sul que atende na sede da 8ª Delegacia de Polícia de Cidade da Esperança e a Plantão zona Norte que funciona no prédio da Delegacia da Mulher, na avenida João Medeiros Filho (Estrada da Redinha). Durante a paralisação funcionam também todas as Delegacias regionais do Estado. “São dez unidades que estão abertas no interior”, afirma Francisco Alves, diretor do Sinpol que explica: “O efetivo de 30% que a legislação determina, durante a greve está trabalhando nestas DPs”.

A reportagem da Tribuna do Norte percorreu várias Delegacias de Polícia da capital e verificou que os agentes estão cumprindo  a decisão tomada em  assembleia, na segunda-feira (01), na sede do Sinpol – Sindicato da Polícia Civil, no centro da cidade.

Na 7ª Delegacia de Polícia, no bairro das Rocas, na 3ª DP do bairro do Alecrim, na 4ª Delegacia de Mãe Luiza, na 1ª unidade policial do Centro de Natal, na 14ª em Felipe Camarão e na maioria das Especializadas, os agentes não cumpriram expediente.

Na sede do sindicato, os agentes decidiram fazer “piquete” na Delegacia do Cidadão, localizada no Shopping Via Direta, em Lagoa Nova e também na Delegacia do Turista, no Praia Shopping. “Alguns policiais com cargos comissionados não queriam aderir à greve. Formamos grupos e fomos até as duas unidades. Conseguimos êxito, no início da tarde de ontem. A categoria aderiu totalmente à causa”, afirma Wilma Marinho, presidente do Sinpol.  

Categorias

Entre as várias reivindicações da classe trabalhadora estão: a retirada  dos presos das Delegacias de todo o Estado, a reforma do estatuto, a implantação de promoções à categoria que, segundo os agentes, não ocorre desde outubro de 2004, vale refeição, ao invés de quentinhas e a  reestruturação da condição de trabalho (contratação de efetivo).

Francisco Alves afirma que a categoria precisou cruzar os braços para tentar solucionar os problemas que a categoria enfrenta há sete anos. “Não temos o que fazer diante das dificuldades que estamos enfrentando. A solução encontrada foi parar, porém, esperamos que em um breve espaço de tempo, o governo nos chame para conversar. Queremos uma segurança pública de qualidade. Este é o nosso propósito”, enfoca Francisco Alves”.

A Tribuna do Norte tentou contato com o secretário de Segurança Pública e Defesa Social, Agripino de Oliveira Neto para falar sobre as medidas que o governo pretende tomar, em relação, à greve da Polícia Civil, porém, o secretário estava em Caraúbas, em uma audiência e não pode atender a reportagem. 

Curso de formação dos aprovados

O resultado do Psicoteste dos aprovados no último concurso da Polícia Civil do Estado, última etapa antes do curso de formação, deve sair na sexta-feira (04). Já o curso de formação, etapa que antecede a nomeação oficial, aguarda a confirmação ods recursos para as bolsas de formação, a ser contemplado no Orçamento Geral do Estado para 2010.

“Assim que for votado o orçamento, provavelmente vamos dar início em janeiro”, disse o Delegado Geral da Polícia Civil, Elias Nobre. As aulas teóricas deverão ser realizadas em salas de aula de Instituições Superiores Públicas e Privadas na capital, como UERN e UFRN. “A Acadepol (Academia de Polícia Civil) não tem espaço suficiente para as aulas. Por isso, na sede atual, vai funcionar apenas a parte administrativa dos cursos”, comentou Nobre.

Ele acrescentou que o Governo do Estado já estuda a possibilidade de adquirir um prédio maior para funcionar a Acadepol, mas ainda não há sinalização sobre o novo endereço. Por causa disso, a parte prática da formação dos novos servidores deve se realizar na estrutura do Estande de Tiros da Polícia Civil e outros espaços adquiridos também em parceria, como o Ginásio de Esportes da UFRN.

O curso tem duração de quatro meses e será destinado aos aprovados nas funções de escrivão, agente e delegado da Polícia Civil. Cada função terá uma grade de disciplina específica e turmas diferenciadas. O concurso público da Polícia Civil iniciou com as provas teóricas  realizadas em abril passado. São oferecidas 438 vagas. Destas, 68 são para delegado, com salário inicial de R$ 9.185,40, 107 para escrivão e 263 para agente.

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