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Guitarras e panelas em harmonia

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E o que será que os músicos acham da pesquisa da Unicamp? O TN Família entrevistou dois representantes potiguares que transitam livremente entre guitarras, baixos, panelas e fogão — cada um com seu estilo e seu tempero.

Paulo Sarkis, contrabaixista da Orquestra Sinfônica do RN e da banda Mad Dogs — e atuantes em vários outros projetos e ritmos na cidade — diz dedicar grande parte do seu tempo à culinária e à música. “Amo ambas!” Ele foi proprietário do bistrô Beleléu, onde diz ter podido exercer as duas atividades simultaneamente, sempre optando por qualidade harmônica e melódica em ambas.
Paulo Sarkis, contrabaixista da Orquestra Sinfônica do RN e da banda Mad Dogs
“Um bom prato é muito similar a uma boa música. Por exemplo, um bom naco de filé é sempre uma grande melodia e deve harmonizar bem com o que é servido à sua volta”, analisa Sarkis, que acredita ser a música erudita, tal qual o jazz e a bossa nova gêneros ricos de melodias bem harmonizadas e que, por isso mesmo, combinam bem com o horário da principal refeição do dia.

“Já aquele hamburguer traçado às pressas na rua, num momento de fome na madrugada, por exemplo, pode, sem dúvida, vir acompanhado do bom e velho rock’n’roll. Afinal, uma indigestãozinha vez em quando não faz mal a ninguém”, comenta o músico.
#SAIBAMAIS#
Sarkis, porém, não concorda que o rock engorda, como sugere o estudo, já que “chacoalhamos nosso esqueleto e tudo em volta dele.” Mas concorda que o estilo não é o tipo de som mais apropriado para o momento da refeição.

FAST ROCK FOOD ROLL

O produtor musical e músico Anderson Foca, do grupo Camarones Orquestra Guitarrística e do selo/bar DoSol, também ataca na cozinha e, assim como Paulo Sarkis, se diz completamente envolvido pelas duas atividades. “Gosto de música boa e comida boa. E misturar isso dá uma liga excelente.”
Anderson Foca,do grupo Camarones Orquestra Guitarrística e do selo/bar DoSol
Foca também associa o rock a fast food, comida rápida e oleosa. “Um prato rock é um bom hambúrguer caseiro com molho caseiro acompanhando.”

Mas já para um prato erudito, Anderson imagina um daqueles que se come pouco, “que vem várias coisas em pouca quantidade para degustar. Tipo menu gourmet, como era no excelente O Bule lá na Lagoa do Bonfim.”

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