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Heloísa Helena apoia Marina Silva

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Brasília (AE) – Ao defender a candidatura da senadora Marina Silva (AC) à Presidência da República pelo PV, a presidente do PSOL, Heloísa Helena (AL), causou constrangimento ao partido, que tem como candidato Plínio de Arruda Sampaio. Heloísa Helena foi lançada ontem candidata ao Senado pelo PSOL em Alagoas. “Todos sabem, porque não sou hipócrita nem dissimulada, que o meu partido tem um candidato”, disse a dirigente do PSOL a repórteres que acompanharam o evento. “Mas eu não vou negar a importância que Marina tem, não apenas pessoalmente, no meu coração, mas por ser a grande chance que o Brasil tem de promover um debate sério sobre o desenvolvimento econômico sustentável com responsabilidade social”, ponderou.

Heloísa Helena não demonstra interesse em fazer campanha para Plínio de Arruda SampaioNo Twitter, o candidato a presidente Plínio Arruda Sampaio disse que, se tiver declarado apoio a outro candidato, Heloísa não pode continuar à frente do PSOL. “A direção nacional se reunirá para discutir as declarações atribuídas a Heloísa Helena, que se especializa em criar constrangimentos ao PSOL”, publicou o candidato, numa primeira mensagem. “Se Heloísa tiver declarado apoiar outra candidatura, não pode seguir na presidência do PSOL por não defender a política do partido”, disse em outro comentário.

Ao comentar as declarações de ambos, o deputado Chico Alencar (PSOL-RJ) disse que Heloísa Helena precisa ser cobrada a manifestar apoio “de corpo e alma” ao candidato do partido, mas negou que houvesse espaço dentro da legenda para um possível movimento para tirá-la da presidência.

“A Heloísa é a Heloísa. É uma pessoa muito sentimental, visceral, e às vezes isso é prejudicial”, disse Alencar. “Heloísa tem uma personalidade absolutamente peculiar, por isso não devemos perder energia com isso. Ela foi eleita presidente por unanimidade, porque é a figura política mais forte do partido”, completou.

O PSOL tentou negociar apoio à candidatura de Marina Silva à Presidência, mas as negociações foram interrompidas após Fernando Gabeira (PV), candidato ao governo do Rio de Janeiro, ter fechado aliança com o PSDB e o DEM. Quando o PSOL decidiu lançar candidato próprio, Heloísa Helena apresentou Martiniano Cavalcante como pré-candidato, mas o partido acabou aprovando o nome de Plínio Arruda Sampaio para disputar a corrida presidencial.

PTB oficializa apoio à candidatura de José Serra

São Paulo (AE) – O PTB conseguiu abafar divergências internas e oficializou, ontem, o apoio formal à candidatura de José Serra (PSDB) à Presidência. O presidente nacional da sigla, Roberto Jefferson (RJ), comemorou a aprovação, por unanimidade, da adesão à coligação do tucano. O resultado da convenção nacional, porém, exigiu a costura de um pacto interno para evitar que fosse exposta a preferência da bancada federal do PTB à candidatura da petista Dilma Rousseff à sucessão presidencial.

O líder do PTB, Jovair Arantes (GO), concordou em não apresentar ofício para que fosse analisada a possibilidade de o partido apoiar a candidatura de Dilma. “Para não causar cizânia partidária, preferi não apresentar. Mas vamos continuar apoiando a Dilma”, assegurou. O pacto foi negociado com Roberto Jefferson “É um ajuste que fizemos, entendendo que a prioridade é o crescimento do partido”, justificou o líder petebista. Segundo ele, 21 entre os 22 parlamentares defendem o apoio à petista. Como o objetivo central do PTB nesta eleição, enfatizou o líder, é aumentar a bancada, prevaleceu o acordo contra rachas e confrontos com a presidência. “Não é toda a bancada (federal) que está com Dilma”, minimizou Roberto Jefferson.

Dilma Rousseff nega que tenha fugido de debates

Madri (AE) – A candidata do PT à presidência, Dilma Rousseff, deixou claro ontem que não faz questão de participar de sabatinas organizadas com outros presidenciáveis. Em entrevista de 10 minutos concedida após o encontro com o presidente de governo da Espanha, José Luis Zapatero, em Madri, a petista menosprezou a importância dos debates com José Serra e Marina Silva, candidatos do PSDB e do PV, e rebateu as críticas de que esteja fugindo do debate eleitoral em sua viagem de cinco dias à Europa. “Eu tenho feito vários debates com jornalistas”, argumentou.

Dilma fez as declarações no fim de sua passagem pela Espanha, a terceira etapa da turnê pela Europa, após Paris e Bruxelas. Questionada sobre as críticas, feitas ontem por José Serra, de que esteja usando a turnê para fugir aos debates, Dilma argumentou: “Eu (só) não fui na sabatina da Folha”. Em sua resposta a candidata não informou que o PT havia cancelado no Brasil sua participação em outra sabatina, desta vez organizada pela Confederação Nacional da Agricultura (CNA), marcada para 1º de julho.

Para justificar sua ausência, a petista insinuou que sabatinas não são relevantes. “Não me consta que a sabatina da Folha seja um debate, a não ser um debate com jornalistas. Eu tenho feito vários debates com jornalistas, inclusive estou aqui diante de vocês.”

Na realidade, ao longo de sua estada na Europa Dilma vem fugindo da imprensa. Ontem, sua assessoria informou o voo que a candidata tomaria de Paris para Madri duas horas antes da partida, quando todos os jornalistas já tinham outras passagens nas mãos. Uma vez no aeroporto de Madri, a comitiva, apoiada pela embaixada do Brasil, saiu por uma porta lateral, longe do alcance da imprensa. A partir de então, seus assessores não atenderam os telefones, não informando o paradeiro do grupo, o hotel em que se hospedaria e se partiria no mesmo dia para Portugal.

Além disso, Dilma usa as entrevistas para fazer discursos de campanha, respondendo a parte das perguntas com os olhos fixos na câmera de João Lourenço Garcia Pena, cinegrafista contratado pelo PT para acompanhar a viagem.

Na Espanha, a candidata pôde incrementar suas imagens de campanha durante o encontro com Zapatero, realizado às 18 horas no Palácio da Moncloa, a sede do governo espanhol. Foi a sua mais longa reunião do giro pela Europa, com duração de uma hora e 20 minutos. Na pauta, estiveram a crise pela qual o país atravessa e as relações bilaterais. A visita, entretanto, não despertou grande curiosidade da imprensa local. Nenhum jornalista espanhol esperou a candidata na saída para entrevistá-la. Pela manhã, o jornal “El País” mencionava Dilma, mas não falando de sua reunião com Zapatero, e sim se referindo ao “suposto escândalo de espionagem política”, que envolve o ex-consultor de comunicação da campanha do PT, Luiz Lanzetta.

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