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Hemonorte volta a cadastrar doadores

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O  Hemocentro do Rio Grande do Norte (Hemonorte)  regularizou o cadastramento para doação de medula óssea. O serviço ficou de março a setembro deste ano parado em função da falta de reagentes. A informação foi confirmada pela diretora do Hemonorte, Linete Rocha.  Segundo a gestora, o material – que custou R$ 3 milhões ao Estado –  foi pedido em 2014, mas ficou preso na alfândega por ordem da Anvisa. “Existe uma série de trâmites, somente o fornecedor pode explicar o motivo de ter ficado preso na alfândega”, explicou.
Daniel Frazão aguarda normalização do cadastro para ver se tem doador compatível
Durante o período em o Hemonorte ficou sem fazer os testes, duas mil amostras de sangue ficaram congeladas aguardando o produto. A diretora do Hemonorte explicou que quando o reagente chegou, em agosto deste ano,  a prioridade da equipe foi realizar exames de histocompatibilidade genética (HLA) nas amostras guardadas, para que fossem enviadas ao Instituto Nacional do Câncer José Alencar Gomes da Silva (INCA) e assim, entrassem para o Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea (REDOME).

De acordo com a diretora do Hemonorte, a partir de outubro deste ano os novos cadastros voltaram a ser aceitos. “Quando o produto foi liberado pela Anvisa, nós tínhamos uma demanda muito grande para ser colhida, demos prioridade aos testes das amostras que tínhamos retidas em casa. Também por causa da validade desses reagentes, que varia de acordo com o tipo”, disse. Linete Rocha também afirmou que este ano cerca de 5 mil cadastros foram feitos no RN. Cada teste custa R$ 375 ao estado.

A espera que reagentes chegassem ao Hemonorte também foi a de Daniel Thiago Frazão. O policial militar de 33 anos foi diagnosticado com leucemia em 2014, em janeiro deste ano procurou o Hemonorte  quando os médicos recomendaram um transplante de medula óssea para uma possível cura da sua doença. “Quando eu procurei inicialmente eles alegaram que era falta de repasse de verba pelo governo. Depois falaram que tinham comprado o reagente, mas que estava preso pela Anvisa. Durante o período fiquei sem respostas. Amigos e familiares iam ao centro para fazer o cadastro, ao chegar lá eram mandados para uma instituição privada”, alegou. Sem o cadastramento, as chances de Daniel e de outras pessoas que necessitam encontrar um doador compatível são menores.

Atualmente, o Hemonorte não está realizando campanhas para doação de medula óssea. A diretora da instituição reclamou da falta de pessoal para realização da atividade e afirmou que a prioridade é estimular a doação de sangue. “As Campanhas não estão sendo feitas por falta de equipe, pois tem que atender parte mais urgente que é uso de sangue pela população, nossa prioridade. Existe um déficit de pessoal em todas as áreas da secretaria de saúde e aqui não é diferente”, disse Linete Rocha.

Questionada sobre a possibilidade do mesmo problema ocorrer em 2016, Linete garantiu que um novo pedido de reagente  no valor de R$ 7 milhões foi feito, mas que aguarda a liberação da Secretaria de Planejamento do Estado (Seplan), para que o novo contrato seja concretizado. O material reagente é utilizado no exame de sangue realizado pelos Hemocentros com a finalidade de verificar a compatibilidade sanguínea entre doador e receptor de medula óssea. Quanto à doação de sangue, o Hemonorte esclarece à população que o serviço está funcionando normalmente.

Passo a passo
Como se tornar um doador de medula óssea

1 – Você precisa ter entre 18 e 55 anos de idade e estar em bom estado geral de saúde (não ter doença infecciosa ou incapacitante). Lembre-se que uma vez no cadastro, poderá ser chamado, se identificado como compatível com algum paciente, até os 60 anos.

2 – É possível se cadastrar como doador voluntário de medula óssea nos Hemocentros nos estados. No Hemnorte o endereço da Av. Almirante Alexandrino de Alencar, número 1800, Tirol. Telefone: (84) 3232-6701

3 – Será retirada por sua veia uma pequena quantidade de sangue (5 a 10ml) e preenchida uma ficha com informações pessoais.

Seu sangue será tipificado por exame de histocompatibilidade (HLA), que é um teste de laboratório para identificar suas características genéticas que podem influenciar no transplante. Seu tipo de HLA será incluído no cadastro. Os resultados são confidenciais e servem apenas para os fins do REDOME.

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