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Hospital de Macaíba realiza parto de gestantes soropositivas

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Agora as gestantes portadoras de HIV que moram em Macaíba poderão dar a luz no seu município. O benefício, que garante a cidadania dessas mulheres, é o resultado de uma parceria firmada entre o Hospital Regional Alfredo Mesquita Filho e o Centro de Saúde Anita Garibaldi. Esta unidade, que serve de apoio às futuras mães, cujos distritos sanitários não são cobertos pela Estratégia Saúde da Família, também é responsável pelos pré-natais das portadoras de doenças infecto contagiosas da região.

As portadoras de HIV necessitam de um acompanhamento especial para evitar a transmissão do vírus à criança. Esse trabalho começa no pré-natal, é intensificado no momento do parto e continuado após o nascimento da criança. Antes da parceria, as moradoras de Macaíba que precisavam dessa atenção especial durante o parto eram encaminhadas ao Hospital Santa Catarina ou à Maternidade Januário Cicco.

Para o diretor administrativo do Hospital Alfredo Mesquita, Heverton Duarte, a possibilidade de ter o parto realizado em seu município de origem é importante porque essas mães podem se sentir mais seguras por estarem próximas aos seus familiares e as pessoas que já conhecem.

Por outro lado, ele ressalta a necessidade de deixar essa escolha sobre o local de realização do parto a critério da gestante: “Pensamos muito sobre essa questão antes de implementá-la. É preciso atentar para a estigma social que ainda existe com os portadores de HIV. Algumas mulheres ainda se sentem mais a vontade estando fora do seu município pela discrição que isso pode gerar”,explicou. Heverton Duarte disse ainda que os profissionais têm sido capacitados em relação à postura ética que devem ter com esse público.

Projeto Nascer

Entre os critérios que contribuíram para a escolha do hospital para realizar este trabalho está o fato dele ser filiado ao projeto Nascer, do Ministério da Saúde. Para as mulheres que não tiveram acesso ao pré-natal ou estão com a documentação incompleta, o projeto assegura assistência material às gestantes portadoras de HIV.

Essa assistência inclui a realização de teste rápido de HIV e sífilis, disponibiliza a medicação necessária para inibir a lactação da mãe, fornece o coquetel retroviral para o recém-nascido e leite para os seis primeiros meses de vida da criança.

Os cuidados implementados durante o pré-natal e o parto têm assegurado que cerca de 70% das crianças filhas de pais soropositivos não sejam portadoras do HIV.

Teste confirmatório

A partir de agora, o hospital passa a realizar o teste confirmatório de HIV para o recém-nascido, o que permite que o tratamento seja iniciado mais cedo, caso a criança seja portadora do vírus. Esse teste foi disponibilizado para 15 estados brasileiros, entre eles o Rio Grande do Norte.

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