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Hoteleiros pedem audiência por causa da insegurança

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A diferença entre o paraíso e o inferno pode ser medida em detalhes. Pipa, com suas paisagens, é um paraíso. Mas nos últimos meses tem tido seus dias de inferno, pela falta de segurança que já se tornou uma característica. A situação, além de desestruturar a vida social dos moradores da região, começa a prejudicar seriamente a indústria do turismo do segundo mais importante destino no Rio Grande do Norte. Preocupados, os hoteleiros de Pipa e Tibau solicitaram uma audiência com a governadora Wilma de Faria,  amanhã, para expressar o seu descontentamento com a política de segurança na praia.

O presidente da Associação dos Hoteleiros de Tibau do Sul e Pipa (ASHTEP), Jean Claude Progin, expressa sua incredulidade com a onda de assaltos, cada vez mais a mão armada, que se impõem em Tibau do Sul e Pipa. “Estamos falando de 12 mil habitantes que praticamente têm apenas três locais para entrar e sair do vilarejo. Não deve ser impossível dar um tratamento decente a essa questão”, diz Jean Claude, acrescentando que ainda não recebeu resposta sobre a audiência.

Hoje, de acordo com o presidente da ASHTEP, são muitas as pousadas e hotéis que mantém um efetivo de seguranças, desarmados, maior do que o da Polícia para tentar coibir os assaltos. “Os empresários acabam tendo um custo muito alto com segurança ao mesmo tempo em que os assaltos afugentam os turistas. Existem estabelecimentos que mantém 18 seguranças para conter os furtos e roubos”. Mesmo após as sucessivas denúncias de insegurança em Pipa, a praia ainda não tem delegado de plantão em sua única delegacia durante os fins de semana, de acordo com Jean Claude Progin.

A reportagem da TN apurou que a comunidade da praia de Pipa elaborou uma lista com 18 pontos de venda de drogas e entregou para as três polícias e para a Secretaria Estadual de Segurança Pública, contudo isso não significou uma ação específica contra o tráfico de drogas em Pipa. A entrega da lista para o secretário estadual de Segurança Pública, Agripino Neto, e a cobrança por providências aconteceu em uma das reuniões da Câmara de Turismo de Tibau do Sul. A reunião terminou em bate boca. “As reuniões com o secretário Agripino Neto sempre foram tensas”, diz Jean Claude.

Mesmo às vésperas de um feriado (12 de outubro), a ocupação dos hotéis e pousadas da praia de Pipa está baixa. No total, a praia oferece 4,5 mil leitos e a ocupação média fica entre 30% e 40%. “Movimentamos R$ 70 milhões por ano e estamos ampliando a oferta de leitos para 7,5 mil ”, encerra.

Um outro ponto de preocupação da comunidade é a implementação e pavimentação do anel viário de Pipa. A obra foi iniciada em 2007 e deveria ter durado 240 dias, mas por dificuldades para desapropriar terrenos acabou se estendendo por bem mais tempo. A atual previsão de fim das obras é para o mês de dezembro desse ano.

Ao mesmo tempo, a Caern está expandindo o sistema de saneamento básico de Pipa, que irá passar pelo mesmo local onde hoje é pavimentado o anel viário.  “A nossa preocupação é que a Caern tenha que quebrar a via pública para colocar a tubulação”, diz Jean Claude, acrescentando que conversou pessoalmente com o presidente da Caern, Walter Gasi, que reiterou o compromisso de prestar um bom serviço.

O diretor do Departamento de Estradas e Rodagens, Jader Torres, disse que o DER e a Caern estão trabalhando em conjunto e que a tubulação será colocada onde hoje é a calçada para que não se perfure novamente a via pública. “Nossos técnicos estão trabalhando em conjunto e conseguiram encontrar essa solução”, encerra.

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