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Humberto Gessinger agita segunda noite de CIENTEC

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“Tão importante quanto as coisas que acontecem na vida, é a maneira como nos relacionamos com elas”. É o que acredita o o escritor, cantor e compositor da banda Engenheiros do Hawai, Humberto essinger. Ele participou de um bate-papo que agitou a noite de ontem (24) na XVIII edição da Semana de Ciência, Tecnologia e Cultura (Cientec) da Universidade Federal do Rio Grande do Norte. O músico encerrou sua passagem pela Cientec com uma noite de autógrafos.
Humberto Gessinger participou de bate-papo durante a Cientec
Gaúcho, natural da capital Porto Alegre, Humberto Gessinger enveredou na carreira de escritor por acaso. Foi em 2006, quando ele aceitou o convite de uma editora para escrever sobre o Grêmio. Depois seguiu pela sua biografia, tarefa que segundo ele foi bastante difícil. A inspiração veio após ler a biografia do músico Slash, ex-líder dos Guns’n roses. “A minha vida é bem mais simples e bem menos atribulada se comparada a do Slash” comentou.
Com quatro livros publicados, Gessinger lembrou que tem vindo a Natal desde 1986. Mas agora é para falar sobre o recente lançamento “Nas entrelinhas do horizonte”. O livro fala de memórias de ritos de passagem, como da infância para adolescência, e reflexões sobre temas contemporâneos que discute em seu blog. “meu ofício é permanecer sensível, esse é o objetivo do artista”.
Perguntado se hoje se enxerga mais como músico ou escritor, Humberto falou que prefere ser músico, pois, para ele a música é mais que algo físico; “trata-se de algo espiritual a qual ele jamais conseguiria viver”.
Sobre o seu estilo musical, se considera um sujeito atemporal musicalmente, que não se importa com o que está tocando na atualidade, e que costuma ouvir artistas mais antigos e mergulhar na obra deles. “Conheci muita gente que aprendeu a tocar música, mas nunca conheci ninguém que tenha aprendido a ouvir música, isso é muito importante, pois a música está tanto em quem ouve quanto em quem a faz” disse. Tem como referências musicais os brasileiros Chico Buarque, Caetano Veloso e o norte-americano Bob Dylan.
Papo com fãs
Em meio ao bate-papo, os fãs o ovacionavam de maneira intensa, timidamente o músico os respondia com um sorriso ou um aceno de mão, muitos vieram para ver “o eterno garoto que amava os Beatles e o Rolling Stones, quando pequeno”, como disse a professora Valesca Limeira. 
“O Humberto é um cara extremamente competente. Sua música e literatura hoje estão completamente atreladas”, completou. Quanto ao livro “Nas entrelinhas do horizonte”, Valesca diz o ter apreciado bastante pela sensibilidade que a obra passa ao leitor, mostrando a realidade de maneira palpável e completa.
Perguntado sobre onde músicos de sua geração, como Cazuza e Renato Russo, estariam agora se ainda estivessem vivos, o artista respondeu: “Essa é uma questão interessante. Mas sem dúvidas eles se manifestariam muito pela palavra escrita, pois, pelo que eu conhecia dos dois, a música era mais um veículo textual para expor o que eles estavam sentindo”.
Por Aura Mazda Dutra/ Agência FOTEC-UFRN)
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