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IBGE prevê safra recorde de grãos

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Rio (AE) – A safra brasileira de grãos deve atingir o recorde de 192,5 milhões de toneladas este ano, segundo o Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA) de junho, divulgado ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O volume é ligeiramente maior do que o previsto em maio, com um milhão de toneladas a mais, e 2,3% superior ao total produzido em 2013. O País deve colher uma área de 56,3 milhões de hectares em 2014, um aumento de 6,6% em relação a 2013. Apesar de boa parte da produção já ter sido colhida, houve melhora nas estimativas para milho e trigo.
Área de produção de trigo: Apesar de boa parte da produção já ter sido colhida, houve melhora nas estimativas para milho e trigo
A safra de trigo será 0,9% superior à estimada em maio. A produção nacional deve atingir 7,874 milhões de toneladas este ano, a maior desde o início da série histórica do LSPA, em 1974.

“A área cultivada e a expectativa de rendimento, por enquanto, ainda se mantêm altas. Esperamos que as chuvas não venham. O trigo ainda está pequeno, a cultura está no início”, lembrou Flavio Pinto Bolliger, coordenador de Agropecuária do IBGE.

No ano, a safra de trigo deve ser 37,7% maior que a de 2013, devido ao clima favorável no Paraná e no Rio Grande do Sul, principais produtores. A produção do Paraná deve crescer 113% em relação à de 2013.

Já o milho teve uma primeira safra melhor que o imaginado. “Parte da revisão tem a ver com o Nordeste, que tem informações um pouco defasadas. Embora o aumento na estimativa para o milho tenha sido pequeno (0,3% em relação ao previsto em maio), a influência é grande, porque é uma cultura enorme”, explicou Bolliger.

Mesmo com a revisão para cima, a produção total de milho este ano deve atingir 76,3 milhões de toneladas, uma queda de 5,3% em relação a 2013. O recuo é explicado por uma redução na área plantada, que cedeu espaço para a soja, cujos preços estavam mais atraentes ao produtor.

Também houve prejuízo ao milho de 2ª safra (-0,3% na previsão de junho ante a de maio) causado pelos fortes temporais de junho. O excesso de chuvas deve fazer os produtores gastarem mais no controle de pragas.

As chuvas também levaram a uma redução nas estimativas para a safra de feijão. Parte do rendimento da produção foi prejudicada pelo clima. Porém, aumentou a intenção do agricultor de investir numa terceira safra do grão.

 “Os números apontam perdas no caso do feijão 2ª safra, que teve a qualidade afetada. Por outro lado, a gente está notando aumento na intenção de plantio de feijão 3ª safra. Há expectativa de que os preços se mantenham compensadores”, disse Bolliger.

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