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Ídolos do passado: sucesso não é garantido na volta para ‘casa’

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Na primeira passagem pelo São Paulo, o ala/meio-campista Ilsinho e o zagueiro Alex Silva tornaram seus sonhos uma realidade: ganharam títulos nacionais, fama e foram lembrados até para defender a seleção brasileira. Em função do sucesso, ambos seguiram à Europa e viram o fim da boa fase. O retorno ao Morumbi era a solução ideal para resgatar a carreira, mas o plano não deu certo. De forma surpreendente, a dupla fracassou justamente no lugar em que havia alcançado o auge alguns anos antes. É uma prova de que o ídolo do passado nem sempre é a solução do presente.

Edu Gaspar encerrou a carreira no Corinthians e hoje atua como dirigente no Parque São JorgeO São Paulo definiu a liberação de Ilsinho nesta semana, pouco depois de rejeitar uma negociação para renovar com Alex Silva. Pelo andamento das negociações de renovação, a diretoria do clube do Morumbi não fez esforço para segurar Ilsinho após um ano sem destaque – o Tricolor ofereceu um novo contrato somente por quatro meses.

“Fizemos uma proposta só até o fim do ano com ele porque entendemos que seria o tempo necessário para utilizá-lo sem prejudicar os nossos garotos de muito valor da base”, justifica o diretor de futebol do Tricolor, João Paulo de Jesus Lopes. “Temos carinho pelo Ilsinho e gostaríamos que ficasse. Não deu certo, que ele tenha sorte agora”, emenda o dirigente.

Agora, o São Paulo irá se concentrar em viabilizar a adaptação de dois atletas que retornaram recentemente ao Morumbi. Formado na base tricolor, o volante Denilson iniciou a segunda passagem pelo clube atrapalhado pela sequência de expulsões. Já o atacante Luis Fabiano, principal reforço da temporada, ainda nem sequer estreou por causa de problemas físicos.

O fracasso com ex-ídolos não é uma exclusividade do São Paulo. Há dois anos, o palmeirense também se frustrou com Vagner Love. Revelado no Palestra Itália e vendido ao CSKA (Rússia) em virtude do bom desempenho no início da carreira, o atacante retornou ao Verdão em 2009 como esperança de levar a equipe ao título brasileiro. No entanto, o artilheiro não conseguiu reeditar as boas atuações e seguiu para o Flamengo depois de um entrevero com a torcida.

Desde o ano passado, o Palmeiras insiste na filosofia de repatriar ídolos. De forma simultânea, trouxe o meia Valdívia e o atacante Kleber, campeões do Paulistão-2008, o último título do clube, além do técnico Luiz Felipe Scolari, comandante da inesquecível conquista da Libertadores-1999.

Por enquanto, os três ainda não conseguiram levar o Palmeiras de volta ao caminho do sucesso. “Nesta segunda passagem, eu tenho consciência de que preciso ser melhor do que fui antes”, reconhece Valdívia, que ainda tenta fugir do trauma de contusões no retorno ao Palestra Itália e agora vê a chegada de outro ex-ídolo ao Palestra Itália: o zagueiro Henrique.

No Corinthians, a ordem também é apostar em um velho conhecido para buscar o título brasileiro: o centroavante Liedson. Mas, dentro da própria diretoria, o Timão conta com um exemplo que amargou passagens antagônicas pelo elenco: Edu Gaspar, campeão mundial em 2000, encerrou a carreira depois de não conseguir o mesmo rendimento da primeira passagem.

“Quando subi ao time principal do Corinthians, entrei em um grande time, eu me acostumei rápido com aquela realidade. Depois que você sai do país e volta, precisa de um tempo de adaptação e paciência dentro do clube para buscar o futebol de antes”, explica.

Já na função de dirigente, Edu trabalhou pela volta de um antigo ídolo ao Corinthians: Carlitos Tevez, que segue, contudo, no Manchester City, da Inglaterra. Ele reconhece que a passagem anterior do argentino pelo Parque São Jorge foi a grande propaganda para buscar o negócio. “A questão da identidade de um atleta com o clube ajuda muito, fica mais fácil de concretizar a volta, o atleta já está acostumado com a torcida, tudo isso influencia”, confirma o gerente de futebol alvinegro.

No badalado Santos, os títulos têm ajudado o sucesso das estrelas no retorno à Vila Belmiro. Em 2010, Robinho brilhou ao lado de Neymar – em um contrato por empréstimo de seis meses – e carimbou a volta para o futebol europeu. Agora, é a vez de Elano se juntar ao veterano Léo para colher os frutos da boa fase no clube. Os dois fizeram parte do grupo que conquistou recentemente a Copa Libertadores da América.

* Fonte: gazetaesportiva.net

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