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Igreja e sociedade

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Pe. Robério Camilo da Silva
Vigário Paroquial de Nossa Senhora de Lourdes, Petrópolis e Mãe Luiza, Natal

A Igreja Católica no Brasil, ao escolher o tema da Campanha da Fraternidade  – Igreja e  Sociedade, nos convida a fazer profundas e sérias reflexões sobre o nosso papel como membros ativos no mundo em que vivemos. Não somos meros espectadores, mas participantes ativos. A sociedade depende da maneira de ser e agir de cada pessoa. Retomando a riqueza dos ensinamentos do Concilio Vaticano II (1962-1965), ela nos impulsiona para a missão. Quer através do objetivo geral da campanha  “Aprofundar, à luz do Evangelho, o diálogo e a colaboração entre Igreja e sociedade, propostos pelo Concílio Ecumênico Vaticano II, como serviço ao povo brasileiro, para edificação do Reino de Deus.” Este objetivo está fundamentado no que disse a Igreja naquela época:

“As alegrias e as esperanças e as angustias dos homens de hoje, sobretudo os pobres e aqueles que sofrem, são também as alegrias e as esperanças, as tristezas e as angustias dos discípulos de Cristo; e não há realidade alguma verdadeiramente humana que não encontre eco no seu coração. Porque a sua comunidade é formada por homens, que reunidos em Cristo, são guiados pelo Espírito Santo na sua peregrinação em demanda do Reino do Pai e receberam a mensagem da salvação para comunicá-la a todos. Por este motivo, a Igreja sente-se real e intimamente ligada ao gênero humano e à sua história”. (Documento conciliar. Constituição Pastoral Gaudim et Spes. N.1).

O documento base da CF diz o seguinte no número 149: “A missão da Igreja Católica é colocar à disposição do gênero humano as forças salvadoras que ela recebe de Cristo. Propõe salvar a pessoa humana integralmente e restaurar a sociedade humana no que se refere à sua finalidade mais autentica: o desenvolvimento integral a partir do bem comum. Os cristãos são anunciadores e agentes de uma nova ordem social: “a Civilização do Amor”, na expressão do Papa Paulo VI.” No número 162 define ainda mais sua missão: “O sinal do aprofundamento da relação entre Igreja e o ser humano está na transição de uma Igreja comprometida com o poder para uma Igreja solidária com os pobres. Com efeito, é no mundo da pobreza que está a novidade do cristianismo, como força e poder de Deus em favor da salvação da humanidade”.

A Arquidiocese de Natal, ao longo de sua bonita e significativa história, tem evoluído e assumido as orientações da Igreja através do seu agir pastoral. Destaco aqui o agir pastoral de todas as paróquias guiadas pelas determinações de nossas Assembléias Pastorais e executadas pelos nossos devotados sacerdotes, auxiliados pelo imenso batalhão de leigos que a cada vez mais estão se tornando discípulos missionários. Lembro aqui o bonito papel dos Centros Sociais, ambulatórios e Patronatos, que no passado serviram como espaço de promoção humana e evangelização. Destaque para a Pastoral da Criança que no seu trabalho capilar e em rede tem salvado e formado muita gente. Também A Casa da Criança, a casa do Menor Trabalhador. Como resposta ao desafiador problema das drogas, temos a Casa de Apoio ao Dependente Químico, a Pastoral da Sobriedade, que ha dez anos atua devolvendo vidas ao mundo, em parceria com a Fazenda da Esperança e as outras comunidades terapêuticas.  Na Arquidiocese, o frutuoso e perseverante trabalho realizado por Cáritas, que recebeu do Papa Francisco a missão de coordenar a campanha contra a fome e a pobreza.

Ainda na relação Igreja e sociedade, o significativo papel do SAR e SEAPAC, empenhados no controle social das políticas publicas, em função do bem comum, na construção de cisternas e na orientação de projetos alternativos que venham devolver às pessoas a sua cidadania. A Pastoral Carcerária, resgatando e promovendo a vida e atenta aos direitos humanos. As obras sociais das congregações religiosas e das paróquias.

Que a Campanha da Fraternidade nos ajude a avançarmos para águas mais profundas lançando nossas redes incansavelmente.

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