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Incentivo à leitura em casa facilita aprendizado

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Todos sabemos ou deveríamos saber que o hábito da leitura é um grande estímulo à criatividade, imaginação, inteligência, e à capacidade verbal e de concentração. Mas é importante que o hábito seja cultivado no dia a dia das crianças para se tornar uma rotina comum e familiar. Os pequenos geralmente aprendem a ler por volta dos cinco anos, mas precisam ser inseridos no mundo da leitura antes dessa idade. Para esta tarefa, os pais devem contar com alguns ingredientes, como leveza e criatividade.
Prazer em ouvir e contar histórias: os pais podem incluir o hábito da leitura na rotina das crianças
Giselly Portella, pedagoga, coordenadora do curso de Pedagogia da Estácio Zona Norte, explica que o interesse pela leitura pode começar ainda mesmo antes de a criança vir ao mundo. “Os pais podem contar histórias para seus filhos desde quando ainda estão no ventre materno. Enquanto bebês, eles sentem prazer e segurança em ouvir a voz da mãe, aqual pode selecionar, por exemplo, histórias e músicas indicadas para se contar antes de dormir.”

Criar um momento diário para leitura ou audição de histórias também é uma iniciativa interessante. “Todos amam ouvir uma boa história e os pais podem proporcionar um momento diário de contação de histórias. Para ler não é necessário que a criança esteja alfabetizada, ela pode realizar ‘pseudo’ leituras e leituras de imagens, nos livros apenas com ilustração, por exemplo. O importante e promover momentos onde a criança tenha contato com livros”, orienta a pedagoga.

Ser atraente
Para tornar o momento da leitura atraente para os pequenos, vale apostar em encenações teatrais, fantasias, fantoches e contar com a ajuda de algum instrumento musical, sempre estimulando e incentivando a participação. “Quando a criança estiver iniciando o processo de alfabetização, já reconhecendo algumas palavras simples, pode-se substituir os brinquedos de presente, por livros, de acordo com a faixa etária. As crianças vão amar”.

Dê o exemplo. A família tem um papel fundamental na formação dos novos leitores, uma vez que o comportamento infantil natural de observação sugere a imitação das atitudes dos pais.  “Ver os pais lendo revistas, jornais e livros também estimulam a criança, já que eles se espelham nos adultos para criar suas práticas.”

Para Iara Dantas, mãe da pequena Açucena, de 2 anos, e Jasmim, de 8, trazer a leitura para o cotidiano foi algo natural. “A leitura faz parte de minha rotina, do meu cotidiano. E acabou por se tornar parte da rotina de Jasmim, minha primeira filha, sem necessidade de grandes rituais. E esse cotidiano tornou natural e significativo o processo de aprender a ler e a escrever. Vejo que Açucena já segue caminhos parecidos, com livros sempre por perto”.

Iara conta ainda que já observa a filhamaior como uma criança leitora. “Vejo em Jasmim uma pequena leitora, capaz de fruir da natureza literária, seja apreciando ilustrações, seja fazendo pseudo-leiturasou encantando quem a ouve em suas narrativas de contos.”

Brasileiro lê pouco
Segundo a última pesquisa Retratos da Leitura no Brasil, realizada pelo Instituto Pró-Livro em 2012, que entrevistou 93% da população brasileira com cinco anos ou mais, cerca de 85% das pessoas afirmaram que nas horas vagas gostam de assistir à televisão. Apenas 28% citaram a preferência por ler um livro. Em média, o brasileiro lê pouquíssimo: apenas quatro livros por ano, e dois desses ainda por partes. A importância do estímulo externo fica nítido pelos dados da pesquisa. Cerca de 87% dos entrevistados não leitores (que não leram nenhum livro nos últimos três meses anteriores ao levantamento) nunca foram presenteados com livros. Aproximadamente 63% nunca viram a mãe lendo, número que sobe para 68% quando se trata do exemplo paterno.

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