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Insegurança e medo no comércio

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Itaércio Porpino
repórter

A Polícia Civil garante que está fechando o cerco às quadrilhas que vêm “tocando o terror” nos estabelecimentos comerciais de Natal. Com uma atenção maior à onda de roubos e arrastões recentes de restaurantes, bares e outros comércios, a polícia já prendeu alguns suspeitos e está investigando outros. No início da noite de ontem (14), a polícia divulgou as imagens dos homens que realizaram o arrastão em um restaurante de comida oriental na avenida Prudente de Morais, em Lagoa Nova.
Diante da onda de assaltos e da falha no policiamento ostensivo, os estabelecimentos possuem seguranças particulares, dia e noite
Apesar da investida policial para investigar e prender os criminosos, a sensação entre os comerciantes é de medo. Principalmente entre aqueles que já passaram pela experiência de ter seu estabelecimento invadido por criminosos armados.

Amedrontados e descrentes da  segurança pública, alguns donos de comércio têm apelado para seguranças particulares. Os casos de roubo não são poucos. Uma lista informal divulgada nesta semana por comerciantes contabilizou 25 estabelecimentos assaltados, alguns deles mais de uma vez.  

#SAIBAMAIS#O vice-presidente da Câmara dos Dirigentes Lojistas de Natal (CDL), Augusto Vaz, disse que a entidade não tem uma estatística  de casos de roubo a estabelecimentos comerciais, mas os relatos e reclamações dos empresários são muitos e corriqueiros.

“A gente se preocupa demais com essa situação. Já tivemos várias reuniões com a governadora e com representantes da Secretaria de Segurança Pública, pedindo providência”, disse Vaz, acrescentando que a CDL está tão preocupada com a questão da insegurança no Estado que nos debates comos candidatos ao Governo promovidos pela entidade, a primeira pergunta tem sido sobre as propostas deles para resolver o problema.

Para o vice-presidente da CDL, é difícil dizer se a violência vem aumentando. “Não posso afirmar porque não tenho uma estatística que comprove isso, mas a sensação de insegurança está maior sim, principalmente olhando para esses casos recentes  que tem os comércios como alvo”, disse ele.

Ainda segundo ele, os estabelecimentos são muito afetados. Além de perder a mercadoria e clientes, eles ainda precisam gastar com segurança – medida que nem sempre funcionar como a TN apurou. Desde que abriu, há dois anos e meio, uma panificadora em Petrópolis, funciona com três seguranças, divididos em turno de serviço. Mesmo assim, o estabelecimento já foi duas vezes alvo de roubo.

A segunda vez foi em abril deste ano e terminou de forma trágica. Um policial que estava lá na hora em que os bandidos anunciaram o assalto reagiu e acabou sendo assassinado a tiros pelos criminosos. “Ele morava vizinho e vinha sempre aqui. Era cliente cativo. Nesse dia, não estava a trabalho”, lembra o gerente do estabelecimento, que pediu para preservar sua identidade.    

Outra panificadora, dessa vez em Nova Descoberta, investiu em câmeras, mas nem isso inibiu a ação dos criminosos. O comércio foi roubado três vezes. Em fevereiro, o dono foi abordado na calçada por bandidos que tentaram levar seu carro. Ele reagiu e acabou sendo morto. As câmeras registraram o crime. 

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