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Irmãs da Divina Providência comemoram Jubileu de Ouro

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Sérgio Henrique Santos – repórter

Cinquenta anos trabalhando em prol da educação e da religiosidade. A Congregação das Irmãs da Divina Providência completou o Jubileu de Ouro da chegada das freiras ao Rio Grande do Norte. As primeiras freiras foram recebidas com festa pelo pároco de São Paulo do Potengi, na época, Monsenhor Expedito Sobral de Medeiros. A programação alusiva à data começou no dia 5 e se estende até o dia 23 de março, com missa e jantar de reencontro de ex-alunos do Colégio São José, fundado pelas religiosas em 1963.
Irmã Isoldi Bittencourt atua há 20 anos no Rio Grande do Norte
Ao longo de sua história, as irmãs construíram um legado em favor da educação e da evangelização. O Colégio São José, inaugurado em 5 de março de 1963, foi administrado pelas irmãs durante quase toda sua história. Atualmente, uma congregação Comunidade Obra de Maria, ligada às freiras, mantém a instituição. A escola privada de Ensino Médio atende 380 alunos, e tem mais de 40 professores e colaboradores.

“Em um passado recente, já passaram pelos bancos do nosso colégio médicos, dentistas, comerciantes locais, sete sacerdotes e além de políticos, como José Francisco de Azevedo (ex-prefeito) e José Leonardo Cassimiro (Naldinho, atual prefeito)”, lembra a irmã Isoldi Bittencourt, madre superiora da Congregação, em São Paulo do Potengi.

A Congregação se originou na Alemanha há 170 anos e começou a atuar no Brasil inicialmente, em Santa Catarina, em 1895. No Rio Grande do Norte, atualmente as irmãs da Divina Providência estão presentes apenas em dois municípios: São Paulo do Potengi e São José de Mipibu. “Mas já tivemos a missão evangelizadora e educacional em várias outras cidades, como São Tomé, e também em Natal. Havia uma Congregação em Cidade Satélite”, conta a irmã Isoldi, há 20 anos atuando em solo potiguar. Durante as comemorações algumas irmãs virão de outros estados para participar do Jubileu de Ouro. O trabalhopela formação de profissionais continua sendo mantido no município pelo educandário.

“Jovens de hoje não se interessam  pela vida religiosa”

Atualmente, apenas quatro freiras fazem parte da Congregação da Divina Providência em São Paulo do Potengi. A instituição já teve 28 freiras ao longo do seu cinquentenário. “As jovens de hoje não se interessam pela vida religiosa. Quando fazemos nossos votos, decidimos viver uma vida religiosa”, relatou a irmã Francisca Simplício de Souza, uma das freiras da entidade.

“Nossas regras são muito rígidas. Temos que fazer três votos: pobreza, obediência e honestidade. Sentimos que as jovens meninas de hoje infelizmente não sentem mais vontade de fazer uma entrega total à congregação como existia no passado”.

Mas as freiras não atuam sozinhas em trabalhos missionários, religiosos, educacionais e sociais em São Paulo do Potengi. O Colégio São José, por exemplo, desde 2004 é administrado por uma associação de leigas consagradas chamada Comunidade Obra de Maria, que reúne pessoas casadas, solteiras, jovens, idosos e viúvas.

“São mensageiras da Divina Providência. Testemunham o carisma e levam esperança cristã principalmente aos mais pobres”, diz a irmã Francisca, ao comentar o legado que deixa para a sociedade de São Paulo do Potengi.

HISTÓRIA

As freiras da Congregação Irmãs da Divina Providência chegaram a São Paulo do Potengi para construir o Colégio São José, em 1963. Ao longo de sua história, 28 freiras passaram pela congregação. Algumas se tornaram conhecidas como a primeira diretora, Irmã Odete, Irmã Selma, Irmã Iva Korb e Irmã Adelaide. O Colégio São José se tornou uma importante instituição educativa e formou algumas lideranças políticas e administrativas de várias cidades da região da Borborema Potiguar. Em 1987, o Colégio São José passou a ser adminsitrado pelo o Conselho Educacional São José. Depois, em 1992, as irmãs reassumiram a escola, e novamente se afastaram da direção quando o padre Severino Ramos, pároco local, convidou a Comunidade Obra de Maria para assumir a administração da escola, em 2004.

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