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Israel ataca escola e área comercial na Faixa de Gaza

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Jebaliya – (AE) Um ataque aéreo israelense atingiu ontem a movimentada área comercial da Faixa de Gaza, matando pelo menos 16 pessoas e ferindo mais de 150, horas depois de disparos de tanques israelenses contra uma escola da Organização das Nações Unidas (ONU), que abrigava palestinos desalojados, ter deixado pelo menos 15 mortos. Esses ataques ocorreram após a intensificação da violência no território costeiro palestino, onde tanto Israel quanto o Hamas vem intensificando os ataques após mais de três semanas de combates que já deixaram mais de 1.300 palestinos e mais de 50 israelenses mortos.
Populares socorrem feridos que estavam em mercado público atingido por forças israelenses
O funcionário da área de saúde de Gaza Ashraf al-Kidra e testemunhas disseram que a área comercial estava cheia porque os moradores, muitos dos quais haviam se abrigado na região por causa de confrontos em outras áreas, pensavam que havia um cessar-fogo em vigor. O Crescente Vermelho palestino confirmou o número de mortos. O Exército israelense não havia feito comentários sobre o ataque a área comercial e disse estar investigando as informações.

#SAIBAMAIS#Mais cedo, Israel havia anunciado uma “janela humanitária” de quatro horas em partes de Gaza a partir de 15h (horário local, 9h em Brasília), mas disse que não interromperia os ataques em outras áreas, dentre elas Shijaiyah, onde o ataque aconteceu. O porta-voz do Hamas, Sami Abu Zuhri, declarou porém que a medida israelense não tinha qualquer “valor” porque exclui áreas fronteiriças de onde o grupo quer retirar feridos. Militantes do grupo dispararam 27 foguetes contra Israel após o horário de início do cessar-fogo.

Testemunhas disseram que o ataque aéreo atingiu um depósito em Shijaiyah, provocando  incêndio que resultou numa grande nuvem de fumaça. Bombeiros e veículos médicos foram enviados para o local, segundo um fotógrafo da Associated Press.

Testemunhas disseram que um segundo ataque atingiu uma área a cerca de 500 metros do primeiro local, matando imediatamente 16 pessoas, dentre elas o fotógrafo palestino Rami Rayan, que usava um colete que o identificava como integrante da imprensa no momento do ataque. “As pessoas estavam nas ruas e no mercado, a maioria mulheres e crianças. De repente, mais de 10 bombas caíram na área do mercado na região de Turkman e perto do posto de gasolina”, disse Salim Qadoum, de 26 anos, que testemunhou o ataque. “A área agora está como um banho de sangue. Todos estão mortos ou feridos. As pessoas perderam membros e gritam por ajuda. É um massacre. Eu vomitei quando vi o que aconteceu.”

Em mais um dia sangrento,  militantes do Hamas dispararam 84 foguetes contra Israel, dentre eles mais de 26 após o anúncio do cessar-fogo, disse o Exército israelense. Al-Kidra afirmou que sete palestinos foram mortos por um ataque israelense no mesmo período. Esses episódios de violência diminuem ainda mais as expectativas de uma trégua nos combates, que chegaram à quarta semana.

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