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Jovem nega conhecer agente acusado de montar farsa

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A jovem que se encontrou com o delegado no restaurante e aparece nas imagens do motel prestou depoimento e negou que conhecesse o agente de polícia suspeito de planejar a armação do falso flagrante. Porém, ao analisar as informações telefônicas de ambos, o Ministério Público constatou que ocorreram 61 ligações entre os dois, de 6 de novembro de 2013 a 30 de janeiro de 2014, sendo que 56 ligações foram feitas antes do dia em que a reportagem foi divulgada.

No processo, os promotores mencionam que a ligação entre Layane de Assis e Iriano Feitosa  existiria desde que o policial teve relacionamento afetivo com uma amiga da jovem. Além dela, o policial civil também teria ligação com o cinegrafista que produziu as imagens. Os promotores fizeram a afirmação após constatar 217 ligações entre os dois no período de 6 de novembro de 2013 a 30 de janeiro de 2014. Na opinião do MPRN, o cinegrafista, sabia da armação e também mentiu em seu depoimento.

Para reforçar a tese de que o agente de polícia queria prejudicar Odilon Teodósio, o Ministério Público argumentou que uma investigação comandada pelo delegado levou ao afastamento do agente de polícia da função de chefe de investigação da Delegacia Especializada em Capturas. A investigação em questão dava conta de que o agente de polícia teria saído irregularmente com presos para que os detentos efetuassem saques bancários.

#SAIBAMAIS#Procurado pela TRIBUNA DO NORTE, o policial civil Iriano Serafim Feitosa, apontado como mentor da suposta armação, defendeu-se da acusação do Ministério Público. Ele negou que o flagrante feito pelo cinegrafista tenha sido uma armação sua. “Não teve nada forjado. Se o Ministério Público está afirmando isso, vai ter que provar”.

O policial afirmou ainda que não tinha motivos para querer prejudicar o delegado Odilon Teodósio. “Ele não era o único delegado investigado por uso indevido de viatura”, disse Iriano.

O advogado Arsênio Pimentel, que defende Iriano e também o cinegrafista Francisco de Assis Souza da Silva e Layane de Assis Felício, declarou à TN que acredita na versão de seus clientes e que vai tentar provar na Justiça a versão deles.

A reportagem ainda tentou ouvir o policial Ranulfo Alves, também denunciado pelo MP, e o delegado Odilon Teodósio, vítima da suposta armação, mas nenhum dos dois foi encontrado.

No entanto, na época da bombástica reportagem, Odilon chegou a declarar que havia sido vítima de uma armação, mas que as provas ainda estavam sendo reunidas para provar sua inocência. Na ocasião, admitiu que esteve no restaurante com a jovem, mas as imagens da viatura no motel teriam sido feitas em um outro dia. Além disso, afirmou que não estava no veículo. Todas as declarações que deu no ano passado foram confirmadas pelo MP na investigação, que inverteu totalmente o caso.

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