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Khrystal sem rótulos

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Yuno Silva
Repórter

O estilo da cantora e compositora Khrystal Saraiva é, segundo a própria, “não ter estilo nenhum”. Uns já disseram que ela estava mais para sambista, outros tentaram limitar seu trabalho como coquista: “Querem me rotular a todo custo por aqui. Khrystal é Khrystal! Gosto de música boa, desde uma coisa mais erudita como a faixa arranjada por Dudu Taufic para o Quinteto da Paraíba, até balada, xote, rock. Curto música brasileira, que me acende, e como ouço muita coisa que não tem nada a ver com minha música quando faço quero botar pra fora. Tem um lance de pertencimento, sou uma potiguar bem resolvida, amo nosso sotaque, e esse disco é o que mais louva a essência potiguar. Sendo da gema, soa universal”.
Khrystal e o baixista e produtor Paulo de Oliveira, no Stúdio Promídia: disco lapidado quase todo a quatro mãos
Segura de si e cheia de energia, Khrystal deu um ‘reboot’ na carreira pós-participação no programa The Voice Brasil 2013, nova fase coroada pelo álbum “Não deixe pra amanhã o que pode deixar pra lá” que ela lança no próximo dia 25 de abril. A partir dessa data o disco estará disponível para download gratuito no site (www.khrystal.com.br), e até o início de maio poderá ser encontrado também em todas as plataformas digitais. O CD físico está nos finalmentes do encarte, e deve sair até início de junho.

“Esse disco tem uma simplicidade refinada, elegante; foi tudo muito bem pensado, tive liberdade para produzir. Sabia o que queria, por quê e para quê! Me sinto mais configurada, é como se esse disco fosse o número um oficial. Me identifico muito, fala de mim sem pudores, com bom gosto e leveza. Meus trabalhos anteriores (‘Coisa de Preto’ e ‘Dois Tempos’) tem um peso, agora trato das mesmas coisas de uma maneira mais leve e solar”, adiantou a artista.

Sobre o título quase quilométrico de seu terceiro álbum, “Não deixe pra amanhã o que pode deixar pra lá”, Khrystal disse que “tem tudo a ver com minha nova fase”: “É um nomão né?! Pensei muito, fiquei preocupada com esse título grande, mas ele sintetiza bem essa ideia de não se afetar tanto com as coisas. Se temos a opção de deixar pra lá ótimo, não precisamos desperdiçar energia. Achei oportuno esse nome; tanta coisa mudou, tanta gente saiu e entrou na minha vida. É um disco muito importante pra mim, com uma turma totalmente nova, novos parceiros”.

Ela reforça que deu “uma zerada” e que o novo disco faz “um balanço de tudo o que rolou comigo desde o programa (The Voice Brasil 2013)”. O site Som sem Plugs (somsemplugs.com.br)  começou a publicar vídeos sobre o processo de criação de “Não deixe pra amanhã o que pode deixar pra lá”.

Dia 12 de maio entra no ar um vídeo para falar da turnê de lançamento, que estreia em Fortaleza, depois segue para Maceió, João Pessoa, Rio de Janeiro, Brasília e São Paulo – o clipe oficial só quando a turnê estiver rolando. Em Natal ainda não há data marcada.

Tempero eletrônico
O primeiro single do novo CD, a música “Visse?”, parceria de Khrystal com a curitibana Thaís Gulin, circula na internet desde o dia 4 de abril. As outras estão prontas, devidamente lapidadas por Khrystal e o baixista Paulo de Oliveira (do Stúdio ProMídia) que co-assina a produção musical de nove das doze faixas com a cantora – as três que completam a lista receberam produção de Eduardo Taufic, Jubileu Filho e Roberto Taufic.

A produção do novo disco levou quase um ano para ser concluída. “Fizemos tudo com bastante calma”, disse Paulo de Oliveira. “Nunca tinha tido essa tranquilidade toda na hora de gravar, de poder fazer duas, três versões da mesma música para encontrar o ponto certo, de experimentar e trocar faixas do repertório, gravar e regravar. Está tudo nos trinques”, acrescentou Khrystal.

A reportagem do VIVER ouviu em primeira mão a versão estúdio de “Executivo do Pandeiro”, de Sami Tarik, e “Zambê” que Khrystal divide a autoria com a carioca Tatiana Cobbett. Para quem já ouviu “Executivo do Pandeiro” ao vivo, a versão estúdio está mais encorpada, dançante, com um suingue temperado por pitadas eletrônicas. Nada muito over, tudo na medida certa! Na segunda, também com elementos eletrônicos, um sample de Chico Antônio (1904-1993) permite que Khrystal divida parte dos vocais com o famoso coquista de Pedro Velho.

Alceu Valença
Além da reportagem do VIVER (que ouviu três músicas), e dos músicos e profissionais envolvidos na produção do disco, o material permanece em segredo. O único que ouviu “Não deixe pra amanhã o que pode deixar pra lá” na íntegra foi Alceu Valença, que recebeu uma cópia em primeiríssima mão para inspirar o texto que ele assina no encarte do CD. “É um aval importante, contar com esse olhar carinhoso do Alceu é uma honra”, derrama-se Khrystal, que atuou como atriz no longa “A Luneta do Tempo” dirigido e roteirizado pelo pernambucano.

Entre as participações, um dos destaques é a paraibana Lucy Alves. Ela esteve com Khrystal no The Voice Brasil 2013, mas as duas já se conheciam: “Nossa amizade foi intensificada após o programa. Já fiz shows com ela aqui no RN e na PB, então o convite pra Lucy colocar uma sanfoninha foi natural”, disse a artista potiguar.

A parceria com a cantora, compositora e bailarina carioca Tatiana Cobbett, filha do cineasta potiguar William Cobbett de Ipanguaçu (RN), é de longa data. “Não nos vemos muito, mas quando ela pode está sempre por aqui, e essa música, ‘Zambê’, é antiga, decidi gravar só agora como forma de encerrar o ciclo no qual ela está inserida. Tem a ver com o início da minha carreira”.

Já a interação com Thaís Gulin (PR) começou na internet, e se materializou em 2015 quando a paranaense esteve em Natal para participar das comemorações do Dia da Poesia. Também merece atenção a presença do Quinteto da Paraíba, com música arranjada por Eduardo Taufic. “Esse foi o primeiro arranjo que Dudu fez pra mim, outro presente”, valoriza a artista, que assina sozinha metade do álbum e a outra divide com parceiros.

O que
A banda base que acompanha Khrystal é formada por Stallone Terto, Paulo de Oliveira, Darlan Marlei e Sami Tarik. O disco “Não deixe pra amanhã o que pode deixar pra lá” também conta com participação de Lucy Alves, Quinteto da Paraíba, Jubileu Filho, Roberto Taufic, Eduardo Taufic, Gilberto Cabral, Eugênio Graça, Antônio Pádua, Ramon Gabriel, Cicinho e Bruno Cirino. A capa do CD é de Fabrício Cavalcante e as fotos de Felipe Campos.

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