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Ladeira caótica

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Ladeira caótica

A prefeitura mudou o trânsito na Rua Dionísio Filgueira, bairro Petrópolis. Na verdade a rua é mesmo uma ladeira, que sobe da Praça Aristófanes Fernandes em direção à avenida Getúlio Vargas, de onde se vê – que bela vista – toda a beleza do mar Atlântico. A Dionísio Filgueira, no olhar pós-moderno dos urbanistas desta aldeia de Poti mais avançada, é um prolongamento natural da Avenida Afonso Pena. Intenso movimento de veículos de toda natureza, incluindo caminhões pesados. Até um dia desses tinha duas mãos, subindo e descendo. Uma loucura. Aí a prefeitura tomou a medida certa: fica apenas uma mão, valendo para quem desce da Getúlio Vargas, vindo das praias lá de baixo. Correto.

Só que a prefeitura não fez a lição completa, cometendo várias falhas. Uma delas: não avisou a população, não deu conhecimento da medida aos motoristas que usam a Dionísio Filgueira. Não preparou, com antecedência necessária, a aplicação das mudanças, de como usar a “nova” Dionísio, que exigia, pelo menos, uma divulgação na mídia. Cabia até uma peça publicitária, expediente que a prefeitura usa para fazer propaganda desnecessária, inútil, e onde se gasta muito dinheiro público.

Além da falta de uma divulgação para orientar as novas regras do trânsito por ali (o acesso agora para a Getúlio Vargas é pela rua Joaquim Fabrício), a prefeitura também não cuidou de uma fiscalização mais rigorosa, mais eficiente. Resultado: doideira geral no pedaço; o maior caos. A qualquer instante – os veículos subindo e descendo  na contramão – a possibilidade de um acidente grave.

Enquanto a borboleta voa, voa, voa.

Sociedade condenada
Eugênio Cunha, longe da buro-cracia do Idema, dedica-se agora tempo integral às suas aulas na UFRN e à leitura de bons autores. Foi o primeiro cara por estas bandas a me falar sobre Sándor Márai, o grande escritor húngaro. Quando estudava os mangues do rio Loire, na Universidade de Nantes, me trouxe a edição espanhola de As Brasas (“El último encuentro”).

Uma tarde dessas, ele manda um imeio, citando a filósofa russo-americana Ayn Rand (judia, fugitiva da revolução russa, que chegou nos Estados Unidos na metade da década de 1920):

“Quando você perceber que, para produzir, precisa obter a autorização de quem não produz nada; quando comprovar que o dinheiro flui para quem negocia  não com bens, mas com favores; quando perceber que muitos ficam ricos pelo suborno e por influência, mais que pelo trabalho e que as leis não protegem deles, mas, pelo contrário, são eles que estão protegidos de você; quando perceber que a corrupção é recompensada, e a honestidade se converte em auto-sacrifício; então poderá afirmar, sem temor de errar, que sua sociedade está condenada”.

Noite na Bella

Era noite de terça-feira e não chovia. Passo pela Bella Napoli, entro, e eis que vejo, lá no canto do alpendre, se agasalhando do vento frio que descia dos morros do Tirol, numa mesa e tanto, Adriano de Souza, Flávia, Alex Nascimento, Marize Castro e Cida Dias. Na mesa vizinha, Lula, Daniele Brito e Mário Ivo. No andar da noite e no embalo das conversas, as mesas foram se juntando.

No romper da madrugada, aparecem J.Medeiros e Meméia, escudando o escritor, poeta e jornalista cearense Carlos Emílio Correa Lima. De onde vinham, ninguém perguntou. Engatou-se logo um papo sobre literatura e outras artes da vida. Carlos Emílio edita cadernos culturais e Marize, que também é editora, traçaram planos. J. Medeiros,como é do seu jeito, ficou só ouvindo.

Fiquei sabendo que Marize está com novo livro de poemas nos últimos encaixes; que Alex (duas carteiras de cigarros) vai estrear no teatro; que Adriano (carteira e meia de cigarros), por enquanto, não pretende voltar ao jornalismo. Está fazendo falta. Aqui e acolá dava um voo rasante sobre a paisagem cultural da aldeia. Mário Ivo prepara um novo Preá.  

Todos brindaram a noite e cada um, depois, pegou o seu caminho.

Psicanálise O Fórum do Campo Lacaniano de Natal comemora seus 10 anos de atividades com uma conferência e uma peça teatral. A conferência, sobre o tema “A Estranheza da Psicanálise” será proferida pelo psicanalista Antonio Quinet, doutor em Filosofia pela Universidade de Paris e também dramaturgo. Será no dia 2 de setembro no auditório do Harmony Medical Center.

A peça “Variações freudianas 1 – O Sintoma”, também do doutor Quinet, será encenada no dia 3 no Teatro Alberto Maranhão.

Poesia O poeta Paulo de Tarso Correia de Melo autografará o seu livro, Livro de Linhagens, na noite de primeiro de setembro, na Academia Norte-Riograndense de Letras.

Veríssimo A missa pelos 90 anos do nascimento do escritor e folclorista Veríssimo de Melo, celebrada no começo da noite de quinta-feira na Matriz de Nossa Senhora da Apresentação (Praça André de Albuquerque), além dos familiares, contou com a presença  de apenas seis pessoas. A Capitania das Artes, de saudosa memória, esqueceu de sua divulgação e de convidar os amigos do grande Vivi.

Os Motores Segunda-feira tem mais uma rodada do seminário Motores do Desenvolvimento, iniciativa vitoriosa da Tribuna do Norte, em parceria com a Federação das Indústrias, UFRN, Federação do Comércio, Governo do Estado e o patrocínio do Banco do Nordeste, Banco do Brasil, Farn e Assembleia Legislativa.

O tema será Gestão Pública. Participarão como expositores o em-presário Jorge Gerdau, presidente da Câmara de Políticas de Gestão e Competividades; Robson Braga de Andrade, presidente da CNI; Vicente Falconi Campos, do Instituto de Desenvolvimento Gerencial; Jurandir Santiago, presidente do Banco do Nordeste, e o governador de Pernambuco, Eduardo Campos. Tudo no auditório da Fiern, a partir das 8 horas.

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