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Licitação para estudos da ‘engorda’ sai em até 20 dias

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Até o final da primeira quinzena de setembro,  o geólogo Eugênio Cunha, vinculado à Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), deve concluir o Termo de Referência que apontará os estudos necessários ao engordamento da faixa de areia da praia de Ponta Negra, na zona Sul de Natal. “Estamos fazendo o levantamento dos estudos que já foram feitos e já sabemos, por exemplo, que não é preciso fazer um levantamento batímetro ou da topografia do fundo do mar, naquela região, porque já existe um trabalho feito na UFRN”, adiantou o geólogo.
Toda a parte do enrocamento já foi finalizado. Já a ‘engorda’ só deve sair num prazo de um ano
Eugênio Cunha foi responsável pelas obras de engorda de Areia Preta. Segundo o secretário municipal de Obras Públicas e Infraestrutura (Semopi), Tomaz Pereira de Araújo  Neto, há um ano, o Ministério da Integração já havia garantido R$ 17,6 milhões para as obras, que incluem a contratação dos estudos, além dos projetos básico e executivo para os serviços de engorda e desvio de corrente, que poderá ser um espigão, a depender do que sinalizar os estudos.

#SAIBAMAIS#Na última terça-feira, 19, Tomaz Neto e Eugênio Cunha, estiveram no Ministério da Integração Nacional, em Brasília, para discutir com sua equipe técnica, a finalização e ajustes do TR, que vem sendo conduzido, em conjunto, pela Prefeitura Municipal de Natal, Procuradoria Geral do Estado, Ministério Público Federal, Ministério Público Estadual, Ibama, Idema e UFRN. “As obras de engorda deverão estar associadas a uma obra de desvio de correntes, com projeto básico que dê a condição para a contratação da empreiteira”, reforçou o secretário.

O secretário acrescentou que já tem um sinal de R$ 1 milhão depositado há um ano, que foi a estimativa feita pelo MI para a realização dos estudos de granulometria, batimetria, geomorfologia e outros levantamentos. Estão fora dos R$ 17,6 milhões, os R$ 5,4 milhões destinados à execução das obras de proteção costeira, como o enrocamento da faixa de praia junto ao calçadão, que foi 100% concluído, com a construção de dez escadas de madeira para acessos à praia. Segundo ele, hoje são 16 escadas, porque houve a liberação de outro contrato do Ministério de Turismo para a instalação de mais seis escadas.

Responsável por coordenar a elaboração do TR, o geólogo Eugênio Cunha admite que os recursos – R$ 17,6 milhões – destinados inicialmente para a obra “talvez sejam insuficientes para a necessidade real”.  O geólogo afirmou que o MI trabalha com uma durabilidade de dois anos para obras emergenciais, como o  enrocamento, enquanto se faz a obra definitiva. 

Segundo Cunha, o TR deve orientar a elaboração do edital de licitação pública, trazendo informações sobre levantamento de sedimentos marinhos, estudos dos movimentos das ondas e marés, bem como a identificação das jazidas e de onde vai se tirar de areia para engordamento da praia, que não tem no continente e  “para que a retirada dos sedimentos não venham a causar outro problema.

Eugenio Cunha admitiu, ainda, que já havia sido enviado pela prefeitura um relatório para o perito Paulo Alfredini, da Universidade do Estado de São Paulo (USP), “que o considerou excessivamente acadêmico”. Por isso, houve necessidade da elaboração de um novo TR mais simplificado para a questão dos 2,5 km da praia, que sofreu o primeiro desmoronamento do calçadão em fevereiro de 2012, agravado com as altas marés registradas em 4 de julho do mesmo ano.

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