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Literatura apaixonada

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Nada de meias verdades ou papas na língua. O título escolhido pela jovem escritora Stefany K. para ilustrar a capa de seu livro de estreia, “O que sóbria não conseguiria dizer”, dá pistas sobre o nível da franqueza que a autora atribui ao conteúdo. Ela garante que a compilação de textos curtos que falam de amor e suas implicações não é autobiográfico nem um desabafo, e muito menos uma espécie de terapia: a intenção de Stefany, 19, é apresentar seu ponto de vista sobre assuntos comuns como “paixão sem medidas, promessas de amor eterno, desejos que consomem, certezas absolutas, ciúmes, decepções, dor de cotovelo, príncipes que se transformam em sapos, vontade de se enterrar ou de mudar de planeta”.
Amor, paixão e suas implicações motivam a escrita de Stefany. Aos 19 anos, ela estreia em livro
“A partir do momento que questiono e abordo esses temas de forma honesta, estou ajudando alguém. Acredito que muitas pessoas vão se identificar, quero que elas percebam que não estão sozinhas”, disse Stefany, estudante do curso de Letras da UnP. O lançamento de “O que sóbria não conseguiria dizer” está marcado para esta sexta (9), a partir das 18h, no restaurante Enquanto Seu Lobo Não Vem, em Petrópolis. Na ocasião também será aberta a exposição “Ébrio”, do artista visual Pedro Balduino, que assina a arte da capa do livro – quarta obra publicada pela editora Fortunella Casa Editrice.

A jovem escritora confessa que o primeiro texto foi motivado por uma desilusão amorosa, e que a série de pensamentos, desabafos, crônicas e bilhetes presentes no livro ganhou força e forma após viagem por países da Europa, onde conviveu “com o desapego afetivo das pessoas com relação a outras pessoas… Algo bom, de certa forma”, arrisca. 

As referências mais explícitas de “O que sóbria não conseguiria dizer” foram Nelson Rodrigues (1912-1980) e Charles Bukowski (1920-1994): o amor e a tragédia presente na literatura do primeiro, somados ao amor “pé no chão” e direto do segundo. Se a coisa começou pessoal, logo ela percebeu que seus textos serviam para todo mundo: “Não escrevo para um público específico, qualquer pessoa pode se identificar”, informa.

Se o amor é o combustível para os escritos de Stefany K., a paixão, o tesão e a atração são os aditivos – trechos picantes também pontuam o livro. Os textos são todos recentes, produzidos de um ano para cá, e a pouca idade da autora não diminui a experiência.

ServiçoLançamento de “O que sóbria não conseguiria dizer” (Fortunella Casa Editrice, R$ 20), de Stefany K., mais abertura da exposição “Ébrio” de Pedro Balduino, nesta sexta (9), a partir das 18h, no restaurante Enquanto Seu Lobo Não Vem – Av. Afonso Pena, 483, Petrópolis.

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