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Literatura Divergente

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Woden Madruga [ [email protected] ]

Acontece em São Paulo, a partir de amanhã, o III Encontro de Literatura Divergente, que eu, confesso minha santa ignorância, não sabia de sua existência. Nem do encontro, muito menos de “literatura divergente”. Quem me descobre a mina é o Marcius Cortez, natalense nascido na Paraíba, graduado em Pernambuco (fez parte do time de Paulo Freire) e de casa montada, há tempos, em São Paulo, onde se meteu pelas veredas da Publicidade e Literatura. Marcius é um dos 36 escritores brasileiros que participam do Encontro. Estará na Mesa 1 que tem como mote “Gerações – Um pouco de história: relatos de criadores que estão na cena desde a década de 1970”. Vai bater papo com Raquel Trindade, de São Paulo, e com Douglas de Almeida, da Bahia. A mediação ficará por conta de Nelson Maca, também da Bahia.

O Encontro acontece na Biblioteca Alceu de Amoroso Lima,  que já é, por conta do patrono, uma baita referência, e se estenderá até domingo, 28, encerrando sua programação no Sesc-Pinheiros, mesmo bairro da Biblioteca. Fico sabendo que lá estarão  escritores “que se desviam dos princípios que regem os cânones da produção, divulgação e distribuição de textos e obras literárias da atualidade brasileira”. Editores, professores de literatura, pesquisadores, leitores e outros ativistas também estarão na plateia.

Além das palestras e debates, a programação consta também de lançamentos de livros (funcionará paralelamente uma feira de livros), exposição fotográfica, oficinas (uma das oficinas será ministrada pelo escritor Marcelino Freire) feiras de CDs e DVDs, saraus musicais e poéticos. No sábado, 27, haverá uma mesa de debates sobre o tema: “Fronteira: a palavra no limite entre a literatura e a música”, com Gustavo Gallo, Ademir Assunção e Peri Pane, todos de São Paulo, e mediação do baiano Nelson Maca.

Marcius Cortez – que tem publicado entre outros títulos, “O Deputado e as Seriguelas”, “Golpe na Alma” (contos e crônicas) e “Barbaridades Críticas”, além de crônicas e artigos nesta TN -, arremata o seu imeio, assim:

“Caro Woden:

Estou nesse encontro representando, por conta própria, o Rio Grade do Norte. Apesar de nascido em João Pessoa, sou potiguar de sangue e raízes. E tem mais, sou sobrinho do Conde de Miramonte, portanto, sou um papa-jerimum nobre. Abraços literários convergentes,

Marcius Cortez.”

Política
De Dora Kramer, em seu artigo, “A falta que opinião faz”, publicado no Estadão de ontem:

– Faltando duas semanas para as eleições, a situação é a seguinte: a candidata que apresentou o programa de governo adapta as propostas ao sabor das conveniências e os outros dois evitam apresentar seus programas por escrito e em detalhes para evitar se comprometer e também não serem contestados.

– Isso tudo quer dizer que a campanha se desenvolve em torno de um ambiente meramente publicitário. Não há uma “troca” com a sociedade, mas uma tentativa de “venda” de produtos.

– É possível que do ponto de vista do marketing político isso seja moderno, mas sob o aspecto da vida real não é um comportamento aceitável, embora aceito no ambiente em que vivemos.

– A pobreza de espírito que se impõe é uma via de mão dupla. Uma situação consentida pelo eleitorado que por sua vez não reivindica o seu direito de saber o que pretendem fazer os seus candidatos.

Petrobras
Título do editorial de ontem de “O Globo”: “Tamanho do escândalo na Petrobras não para de crescer”.

Mais literatura
O jornalista e escritor Edney Silvestre foi indicado pelo Ministério da Cultura para representar o Brasil na Feira de Frankfurt, entre os dias 8 e 12 de outubro. É uma das mais importantes feiras literárias do mundo.

A delegação brasileira será integrada ainda pelos poetas Ana Martins Marques e Luiz Silva Cuti e os escritores Bernardo Kucinsky e Eduardo Spohr.

Graciliano
Lançado segunda-feira, em São Paulo (Museu da Imagem e do Som) o livro “Conversas”, que reúne anotações, depoimentos e entrevistas de Graciliano Ramos, organizado pelos pesquisadores Thiago Mio Salla e Ieda Lebensztayn (doutores em Literatura). São textos dispersos, em torno da obra e  do autor, reunidos num livro que dá continuidade a “Garranchos” (Textos inéditos de Graciliano) e “Cangaços” (Graciliano escrevendo sobre o cangaço no Nordeste) publicados pela Record.

Beautiful
Chega-me às mãos o livro-álbum “Rio Grande do Norte – Bonito por Natureza (‘Beautiful by nature’)”, editado pela Fundação José Augusto, incluído na Coleção Cultura Potiguar.

Além das bonitas fotos de Giovanni Sérgio Rego e dos textos enxutos de Mário Ivo Cavalcanti, gostei do “butifulbai”. Muito apropriado ao momento potiguar: Rio Grande do Norte butifulbai!

Mostrei o álbum ao mestre Gaspar. Passou as páginas emocionado, principalmente vendo as fotos do Rio Potengi, seu vizinho de lado. Mas  estranhou a foto da governadora Rosalba Ciarlini na abertura do livro. Não consegue entender por quê.  Resmungou com forte sotaque americano adquirido ainda no tempo da Segunda Guerra – “She’s not beautiful”.

“Isn’t”, completou num muxoxo.

Pesquisa
Até sábado que vem (27) são aguardadas sete pesquisas novas para governador e senador. Em todos os sotaques e trejeitos.

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