O vereador, radialista e advogado Aquino Neto lança nesta quinta-feira o livro “Pedro, Bandeira da Cantoria”, sobre o poeta e violeiro paraibano Pedro Bandeira, considerado o mais importante nome da moda de viola nordestina. O lançamento será às 18h, no Museu de Cultura Popular, na Ribeira, como parte do programação da Semana de Cultura Popular da Funcarte. A pesquisa de Aquino durou 15 anos e acompanha a trajetória do poeta.
A obra colheu referências sobre Pedro Bandeira e citações em obras de Câmara Cascudo, Jorge Amado e Carlos Drummond de Andrade. Traz depoimentos de violeiros contemporâneos como Ivanildo Vilanova, Oliveira de Panelas, Antônio Lisboa e dos irmãos Nonato. O livro é ilustrado com fotos da carreira e da família. Entre os momentos altos estão a apresentação de Pedro para o Papa João Paulo II, e com Luiz Gonzaga, na primeira Missa do Vaqueiro, do qual foi um dos fundadores ao lado de Gonzagão e do padre João Câncio.
Poesia e música
Pedro Bandeira Pereira de Caldas é tido como o “príncipe dos poetas populares do Nordeste”. Nasceu em 1938 no Sítio Riacho da Boa Vista, no município de São José de Piranhas, Paraíba, sendo filho de Tobias Pereira de Caldas e da poetisa Maria Bandeira de França. É neto materno do famoso cantador nordestino Manoel Galdino Bandeira, de quem herdou o talento repentista.
Aos seis anos de idade já fazia versos, e aos 17 tornou-se cantador profissional, apreciado e aplaudido por seus improvisos, nas várias modalidades tradicionais da poesia popular: mourão, martelo agalopado, galope alagoano, galope à beira-mar, quadrão, gemedeira, etc. Até então permanecera no sítio onde virou a luz do dia, transferindo-se para Cajazeiras, donde, em 1961, mudou-se para Juazeiro do Norte, fixando residência.
Pedro Bandeira é cantador profissional há 58 anos, cordelista e escritor, autor de mais de mil folhetos e centenas de poemas, com dez livros publicados e doze LPs gravados. As letras de Bandeira já foram gravadas por nomes como Luís Gonzaga, Fagner, Luís Vieira, Alcimar Monteiro, Jackson Antunes, Antonio Nobréga, Trio Nordestino, e outros astros. Foi apresentado ao Brasil pela mão de Carlos Drumonnd de Andrade, em crônica publicada no jornal do Brasil, Rio de Janeiro, em maio de 1970.
PROGRAMAÇÃO
Hoje
15h – Vila Cultura – Artesanato local
16h – Auditório do Museu de Cultura Popular – Palestra: Gestão em Projetos & Políticas Públicas com o Consultor Josenilton Tavares (Certificado)
18h – Lançamento do Livro de Aquino Neto
19h – Apresentação de Lapinha de Ponta Negra
20h – Maracatu – candomblé de Parnamirim
21h – Apresentação da Quadrilha Brilho Matuto