quinta-feira, 28 de março, 2024
29.1 C
Natal
quinta-feira, 28 de março, 2024

Lixo acumula sem coleta no WG

- Publicidade -

Roberto Lucena – Repórter

O mau cheiro é sentido à distância. Os sacos plásticos pretos podem ser vistos de longe. Há um montante deles encostado na parede e rolando pelo chão. O cenário poderia passar despercebido caso o lixo acumulado não estivesse num local que, a rigor, deveria ser exemplo de assepsia e cuidado com higiene. Mas não é o que acontece, há mais de uma semana, no Hospital Monsenhor Walfredo Gurgel (HMWG). A empresa que faz o recolhimento do lixo não recebe pelo serviço e suspendeu a coleta. Funcionários e usuários do local reclamam da situação.
Lixo vem sendo depositado já fora da lixeira, no chão, junto à cozinha do hospital. O acúmulo já dura mais de uma semana
O “lixão” – como já é chamado pelos funcionários – está localizado no último prédio do complexo do hospital onde é depositado, além dos resíduos comuns, o lixo hospitalar, recolhido diariamente. A lavanderia e a cozinha funcionam no local. Os alimentos que chegam, ficam armazenados a poucos metros do lixo. O odor é insuportável. Um funcionário responsável pela abertura do portão que dá acesso ao espaço usava máscara na tarde de ontem com o intuito de diminuir o incômodo. Sem querer se identificar, ele disse que há mais de uma semana a coleta não é feita. “Isso nunca aconteceu. Faziam o recolhimento todos os dias, mas agora está assim. O fedor é horrível. Quase não suporto trabalhar”, contou.

Segundo informações da direção do hospital, o problema acontece porque a empresa responsável pela coleta, a Limp Express Transporte e Prestação de Serviço Ltda, não recebe pagamento da secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap) há alguns meses. “A obrigação de pagamento é da Sesap. Infelizmente a empresa está sem receber e por isso não fez a coleta essa semana”, disse o diretor administrativo da unidade, Josenildo Barbosa Lira.

Por telefone, o titular da Sesap, Domício Arruda, disse que desconhecia o problema no HMWG  e confirmou que a secretaria tem alguns débitos com a empresa. “Mas eu acho que esse contrato foi direto com o hospital. Nesse caso, acredito que não é competência nossa. O hospital tem autonomia financeira. No entanto, é verdade que a Sesap está devendo à Limp Express. Não sei os valores, sei que é pouca coisa”, afirmou.

Além de recolher o lixo comum no Walfredo Gurgel, a empresa Limp Express é responsável pelo recolhimento do material em outras unidades médicas do Estado. A reportagem tentou entrar em contato com os administradores da empresa, porém, não obteve sucesso.

Funcionários ouvidos pela reportagem na tarde de ontem afirmam que o maior hospital do Rio Grande do Norte passa por outras dificuldades. Uma enfermeira alertou que o estoque de oxigênio está baixo. Além disso, os corredores estão lotados de pacientes que aguardam atendimento em cima de macas.

- Publicidade -
Últimas Notícias
- Publicidade -
Notícias Relacionadas