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Mãe admite assassinato de bebê de oito meses

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Mais um crime bárbaro foi elucidado no Rio Grande do Norte. Na manhã de hoje (20), Josenilde Lopes de Mendonça, de 35 anos, admitiu que matou o filho de oito meses na madrugada de sexta para sábado, no Carnaval. De acordo com a mulher, o crime ocorreu durante um surto provocado por ingestão de bebida alcoólica e drogas.
Mãe confirma homicídio de bebê de oito meses
Em depoimento ao delegado Sílvio Fernando, responsável pela investigação, Josenilde Lopes confirmou que matou o filho no apartamento em que vivia com o bebê, no bairro de Nova Descoberta, zona Sul da capital potiguar. A mulher é usuária de drogas e confirmou que já passou por três internações, sendo uma em Fortaleza e outra no estado de São Paulo. 
Segundo relatos à polícia, Josenilde Lopes ficou atordoada após ter cometido o homicídio e perambulou por Natal até ontem, quando foi encontrada por policiais na estrada da Redinha. Ela havia consumido álcool e drogas durante todo o período em que andou pela cidade e disse que cogitou se jogar da ponte Newton Navarro, arrependida pelo crime.
Logo após ser abordada por policiais, a mulher negou o homicídio, mas admitiu hoje ao delegado Sílvio Fernando que ela foi a autora do crime, mesmo sem lembrar detalhes do que realmente ocorreu. O laudo sobre a morte da criança confirmou que a morte ocorreu devido a uma “ação contundente”, que foi uma pancada na cabeça do bebê. 

De acordo com Josenilde Lopes, ela nunca foi agressiva com o filho e não havia disputa com o pai da criança pela guarda do bebê, registrado como Rodrigo Ramón Ramalho dos Reis Segundo.
Após o depoimento e exame de corpo de delito, Josenilde Lopes será levada para o Centro de Detenção Provisória Feminino de Parnamirim.

O delegado afirmou também que pedirá uma mudança na prisão de Josenilde. Ele pretende que a reclusão deixe de ser temporária e passe a ser preventiva, o que deve ser feito nesta sexta-feira, dia 22.

Bate-papo: Josenilde Lopes – dona de casa

Você admite que é usuária de drogas?
Claro que admito, mas sou uma pessoa boa, eu nunca faria uma coisa dessa. Minha mãe me disse que me odeia pelo fato de ser uma boa pessoa e andar no mundo só com gente ruim, das piores maneiras possíveis.
Você estava separada do seu marido?
Tão dizendo que eu e o pai dele estávamos terminados, que ele estava lutando pela guarda, tudo isso é mentira. Ele foi pra lá para ajeitar a habilitação dele, porque não conseguiu ajeitar aqui em Natal e porque a gente estava brigando muito. Ele era um pai carinhoso quanto eu. 
Qual o seu sentimento com relação a criança?
Quando vi meu filho morto dentro de casa me desesperei, queria encontrar quem me matasse nesse mundo, eu não queria encarar isso, por isso eu fugi de carro.
Você estava tentando deixar a droga?
Eu passo um tempo sem usar, passo um ano, seis meses, e volto. Mas é como a gente diz, viciado para ou não para nunca mais. E Não existe esse negócio, “eu não consigo”, “eu não quero”, minha mãe sempre disse. Isso é minha fraqueza. 
Você passou por algum tratamento contra a droga?
Fui internada em lugares onde você via pessoas limpas há 20, 25 anos, é só você sempre evitar o primeiro gole, o primeiro trago, o primeiro tudo.
E você já exerceu alguma atividade normal na vida?
Entrei na Faculdade de Letras, depois Engenharia da Computação, depois entrei em Direito, só que em nenhuma delas me encontrei. Passei no concurso dos Correios. Inclusive, numa das minhas internações, a minha terapia era fazer bijuteria, então eu me destaquei ali, sempre era o destaque de lá, e eu prossegui isso como minha profissão e eu fui para São Paulo para fazer uma faculdade de Design de Joias, porque eu monto joias muito bem.
Mas como você entrou no mundo da droga?
Curiosidade mesmo, infelizmente. No dia que fugi de casa disse “mãe conquistei a minha liberdade’, minha mãe me disse, ‘você impôs a sua libertinagem”.
Quem é pai e mãe nunca quer ver o filho na droga?
A não ser que eles já estejam, coisa que não é o caso da minha mãe e nem do  meu pai.
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