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Maior produtora de bananas no RN vai deixar de exportar

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Daísa Alves
repórter

A multinacional americana Del Monte Fresh Produce Brasil Ltda, principal exportadora de banana do Rio Grande do Norte, anunciou ontem que deixará de produzir para o mercado internacional. A empresa que cultiva banana em três municípios no RN e exporta quase 100% do que produz para a Europa, “a partir da semana 26/2014” decidiu se dedicar apenas ao mercado nacional.

A justificativa é a dificuldade da empresa em “sustentar os altos custos e um mercado Europeu fraco, aliado a condições internas desfavoráveis”, como, por exemplo, as condições  climáticas que provocaram dois anos de estiagem no estado. Este foi o relato da empresa em comunicado oficial publicado ontem na imprensa.

A Del Monte fará mudanças essencialmente na área da banana, de maneira a converter em uma empresa de menor porte. Nesse ínterim, ela disse que buscará outras alternativas de culturas. A comunicação aos clientes da empresa sobre a mudança foi realizado ainda em dezembro do ano passado, segundo o comunicado.

A empresa possui área de produção de frutas – banana, abacaxi e melão – nos estados do RN e Ceará, oferecendo emprego direto a mais de 6.900 trabalhadores e com uma logística de mais de 10 mil contêineres por ano, exportados via o Porto de Natal. A TRIBUNA DO NORTE procurou os representantes da empresa no Brasil durante todo o dia de ontem para maiores esclarecimentos, no entanto, eles não estavam disponíveis para entrevista.

Ainda em 2013, a empresa alcançava a -0posição de sexta colocada entre as principais empresas exportadoras do Rio Grande do Norte, com um valor total de U$$ 10.775.931 movimentados. No entanto, sofreu uma queda de 17,80% nos índices de exportação  entre o ano de 2012 e 2013. Até o final de janeiro, a empresa se mantinha na 10° colocação no ranking das exportadoras potiguares.

Segundo Roberto Barcelos, presidente do Comitê Executivo de Fruticultura do RN (Coex), as exportações brasileiras tem a competitividade reduzida em relação a países concorrentes por terem de pagar taxa de importação na Europa.

   

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