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Mais acidentes com caminhões

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O consumo de drogas e bebidas alcoólicas, o cansaço e a tentativa de permanecer acordado têm sido as mais frequentes causas de acidentes nas ruas e estradas de todo país, de acordo com dados do Ministério da Saúde. Por isso, o ministro das Cidades, Aguinaldo Ribeiro, decidiu fazer campanhas e ações por categoria de veículos, com base nos números de acidentes com mortes. Apenas no ano de 2010, o país alcançou a marca de 42.844 vitimas fatais do trânsito.
Caminhões estão envolvidos com a maioria dos acidentes graves registrados em rodovias nacionais
Com uma frota correspondente a 3,1% (2.414.721) dos 77,8 milhões de veículos registrados no país, os caminhões estão envolvidos em 21% dos acidentes com mortes. Motoristas que dirigem de forma imprudente, exaustos, sonolentos, sob o efeito de tóxicos ou álcool são os responsáveis pela maioria dos acidentes de trânsito.

Os dados atuais mostram que, de 1996 a 2010, o número de acidentes envolvendo caminhões (56,8%) foi o terceiro que mais evoluiu neste período, atrás das motocicletas (714,7%) e bicicletas (165%). O aumento do número de mortes por 100 mil habitantes provocadas pelos caminhões também ficou em terceiro lugar. O crescimento foi de 50% no mesmo período, atrás apenas dos motociclistas (679,4%) e ciclistas (153,5%).

Conforme dados das indústrias, a venda de caminhões cresceu 31,7% nos quatro primeiros meses deste ano comparado a 2012. De janeiro a abril foram colocados em circulação mais 34 mil caminhões. O aumento das vendas está relacionado à supersafra de milho e soja no Brasil.

Drogas

Uma pesquisa realizada pelo Instituto WCF-Brasil mostrou que 24% dos caminhoneiros fazem uso diário de bebida alcoólica e 61% deles o fazem pelo menos duas vezes por semana. Apesar das evidências do uso, apenas 3% dos motoristas de caminhões declararam na pesquisa que usaram drogas ilícitas nos últimos 30 dias.

As pesquisas realizadas pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) detectaram que o uso do crack, entre outras drogas, já entraram na rota dos caminhoneiros há alguns anos. A droga é utilizada por motoristas para se manterem mais tempo ao volante. A pesquisa mais recente realizada pela PRF detectou que 10% das amostras de urina colhidas apresentaram cocaína, substância que também dá origem ao crack. As anfetaminas apareceram em 63% das amostras e a maconha em 12%.

Parada tentar criar pacto de segurança

 A redução do número de acidentes de trânsito no Brasil passou a ser uma das prioridades para o Governo Federal com o lançamento, em maio de 2011, do Pacto Nacional pela Redução de Acidentes (Parada – Um Pacto pela Vida).  O objetivo é mobilizar agentes públicos e a sociedade civil para conscientizar os motoristas sobre os riscos do desrespeito às regras do trânsito. As ações são coordenadas pelo Ministério das Cidades.

O Parada foi uma resposta do governo brasileiro à decisão da Assembléia Geral da Organização das Nações Unidas, que proclamou o período de 2011 a 2020 como a Década Mundial de Ação pela Segurança no Trânsito. A iniciativa é estimular esforços em todo o mundo para conter o elevado número de mortes no trânsito.

A primeira ação do Parada foi em abril de 2011, com o lançamento da campanha “Pare, Pense, Mude!”. Desde então, foram abordados mais de dez temas diferentes em campanhas sazonais, aliadas à fiscalização e à educação no trânsito. Contudo, a equipe técnica do Ministério das Cidades observou que o número de acidentes voltava a crescer com o fim das campanhas. Então, o ministro das Cidades, Aguinaldo Ribeiro, decidiu lançar um calendário de campanhas permanentes.

A decisão foi aprovada pela presidenta Dilma Rousseff, que passou a participar das ações da campanha. Em setembro de 2012, ela assinou o Livro de Adesão ao Parada, durante uma cerimônia no Palácio do Planalto. Também incluiu o tema no seu discurso na Assembléia-Geral da ONU, e tratou do assunto durante encontro em Nova Iorque, com o Secretário-Geral da ONU, Ban Ki-Moon. 

Nas principais ações e campanhas, o Parada conta com parceiros importantes que participam desse trabalho de educação e conscientização com o intuito de transformar o trânsito em um espaço seguro para todos. Entre eles estão: Marcelo Tas, Cissa Guimarães, Emerson Fittipaldi, Paula Fernandes, Leonardo a Federação Internacional de Automobilismo (FIA), ONGs, entidades, gestores públicos, instituições financeiras, educadores, profissionais de trânsito e de comunicação e associações.

Como aderir

Para aderir ao Parada e obter mais informações acesse: www.paradapelavida.com.br. No site também estão disponíveis todas as informações das campanhas já realizadas, materiais de divulgação e vídeos.

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