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Medicina em prol da fertilidade

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Casais que planejam ter filhos jamais imaginam ter esse sonho adiado por causa de problemas diversos que impedem a fertilização. Estudos mostram que até 15% da população em idade fértil apresenta dificuldade de engravidar e, por isso, busca ajuda profissional para identificar os motivos. A ovulação irregular ou a ausência dela são alguns dos fatores que interferem no período fértil. “Isso pode ser causado por condições como síndrome dos ovários policísticos, hiper ou hipotireoidismo, desequilíbrio hormonal, estresse, dietas inadequadas, idade próxima da menopausa e peso acima ou abaixo do ideal”, elenca Kyvia Mota, ginecologista especializada em reprodução humana pela Universidade de Valencia, na Espanha.

Além disso, os óvulos e espermatozoides precisam de um caminho desobstruído para se encontrar. Por esse motivo, mulheres que sofrem de miomas uterinos ou pólipos, obstruções nas tubas (trompas), endometriose ou aderência em algum órgão reprodutivo têm a sua fertilidade prejudicada. A idade acima de 38 anos, é outro fator determinante para a mulher, que a partir dos 30 tem a sua fertilidade em declínio em função da perda mensal de óvulos. Os homens não passam por esse problema e podem ter filhos mais tarde, porém, eles não estão livres de apresentar dificuldades para a concepção, seja por disfunções ejaculatórias – incluindo impotência, que dificulta a chegada dos espermatozoides às tubas uterinas –, assim como em virtude de alterações leves ou moderadas no sêmen, com espermatozoides em quantidade reduzida, lentos, mal formados e pouco móveis que não chegam ao encontro dos óvulos.

A varicocele é outro problema que atinge 15% dos homens e pode ser identificado com exames clínicos e ultrassonografia. “São varizes ao redor do testículo que causam preocupação se o exame de espermograma detectar alguma alteração”, explica Kyvia. Ainda existem outros motivos para a dificuldade de engravidar, como o tratamento contra o câncer, uso de medicamentos específicos, consumo de bebida alcoólica, tabagismo, peso, entre outros. A ginecologista recomenda que, caso o casal apresente algum dos problemas citados ou tente engravidar há mais de um ano sem sucesso, é recomendável procurar ajuda médica para auxiliá-los nesse objetivo.

Fertilização in vitro
Essa é a opção para as mulheres que têm problemas nas trompas (seqüelas de infecção ou endometriose), estão acima dos 35 anos, fizeram ligação das trompas ou apresentam obstrução tubária. Nesse procedimento também há indução da ovulação e coleta do sêmen, mas a fertilização é realizada de maneira distinta da inseminação. Por meio de um procedimento de 20 minutos, chamada de punção ovariana guiada por ultrassonografia transvaginal, os óvulos são aspirados dos ovários selecionados e, em seguida, unidos aos espermatozoides em laboratório para formar os embriões.

Formados, os embriões são colocados em uma incubadora que reproduz as condições ambientais da tuba uterina até que cheguem ao estágio ideal do desenvolvimento embrionário, momento em que os embriões são transferidos para o útero. Geralmente, há a transferência de mais de um embrião para aumentar as chances de gravidez, por isso, é que nesses casos, o casal pode ganhar filhos gêmeos.

“O avanço da medicina permite a milhões de pessoas realizarem o sonho de serem pais e mães. Quando os métodos naturais não resultam em gravidez, estamos à disposição dos casais para realizar uma minuciosa avaliação médica que envolve testes físicos, provas laboratoriais e exames de imagem. Dessa forma, indicamos o procedimento mais adequado para cada caso e acompanhamos o casal durante todo o processo”, declara a ginecologista.

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