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Mercado depende de estacionamento

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Fernando Domingo
Repórter

O pleno funcionamento do Mercado Público das Rocas, na zona Leste de Natal, só ocorrerá em meados do próximo mês de julho. Apesar da obra do empreendimento estar 99% concluída, a instalação de luminárias, alguns serviços de acabamentos e, principalmente, a construção de um estacionamento, ao lado do Hospital dos Pescadores, não foram promovidos.  De acordo com a Secretaria Municipal de Serviços Urbanos (Semsur),  dia 24 desse mês, sexta-feira, será feita a contratação, através de processo licitatório de tomada de preços, da empresa responsável pela obra. A reestruturação do Mercado custou cerca de R$ 4,8 milhões e o valor do estacionamento, no edital, foi orçado em R$ 94.721,14.

Conforme o então titular da Semsur, Raniere Barbosa (entrevista foi feita um dia antes do secretário deixar o cargo), acertado o vínculo via licitação, a empreiteira responsável pela obra terá 45 dias para concluir o serviço. A expectativa é que até o dia 19 de junho toda a parte estrutural do complexo seja finalizada. “Nesta data, creio que tudo esteja 100% concluído e pronto para entrar em funcionamento”, afirmou. Ainda de acordo com Raniere, o principal foco do Mercado das Rocas será a gastronomia. “Terá espaço para culinária, temperos, carnes, artigos hortigranjeiros, ou seja, tudo o que precisar para uma boa cozinha. Além de um grande restaurante e uma praça de alimentação. Do jeito que se chega em São Paulo, para comer o sanduíche de Mortadela, por exemplo, vamos ter aqui. Uma referência”, comentou o secretário.
O Mercado contará com 82 salas, um elevador, duas escadas, quatro banheiros, dois vestiários e um fraldário
Ao todo, o Mercado contará com 82 salas, um elevador, duas escadas, quatro banheiros, dois vestiários e um fraldário, todos adaptados para portadores de deficiência física. “Me arrisco a dizer que este será um dos mais modernos e estruturados do país”, declarou o então secretário Raniere Barbosa.

Box

Dos boxes construídos, 23 deles já possuem proprietários, os outros 59 serão licitados para permissionários. O processo para tal concessão não foi totalmente definido, mas, de acordo com o titular da Semsur, certos critérios terão que ser obedecidos, como o design das salas, licença ambiental e profissionalização. Uma parceria entre a Secretaria e o Sebrae/RN, inclusive, foi firmada para qualificar e facilitar o padrão dos serviços na área. “Provavelmente, serão vínculos de cinco anos e depois renovações a cada ano. O restante está sendo elaborado pela equipe técnica e pelo Sebrae/RN”, disse Raniere.

Já no âmbito externo, segundo o diretor do Departamento de Feiras e Mercados da Semsur, Jonas Mendes, haverão cerca de 16 vagas para veículos, no entorno do Mercado, e outras 40 no estacionamento, que será compartilhado com o Hospital dos Pescadores. Em entrevista para a reportagem da TN, na tarde de ontem, por telefone, Jonas também falou sobre o possível horário de funcionamento do complexo comercial. “Nem tudo foi completamente definido, ainda estamos trabalhando nisto, mas, acredito que ele vai funcionar das 7h às 22h. Porém, como vai ter a praça de alimentação, talvez, os proprietários queira estender por mais um período, já que o Mercado vai ser estilo um shopping”, declarou o diretor.

O bairro vai ganhar uma biblioteca

A inauguração do Mercado das Rocas terá implicações também nas adjacências do imóvel. Os feirantes permanentes, que ocupam o entorno do espaço, não poderão seguir com suas barracas no local. No entanto, de acordo com a Semsur, eles terão a oportunidades de pleitear boxes no novo empreendimento. Já a Feira Livre do bairro, que acontece toda segunda-feira, permanece. O Governo Municipal também trabalha com a intenção de colocar em funcionamento a “Indústria do Conhecimento”, área com estrutura construída para abrigar gibiteca, biblioteca e sala de informática que nunca foi concluída.

 Conforme a Semsur, o acesso e o estacionamento da “Indústria”, nas proximidades do Canto do Mangue, será concluído até junho. A construção da estrutura foi financiada por uma parceria entre a Fiern, através do Sesi, e o Município, com um custo aproximado em R$ 300 mil, mas, o local nunca foi aberto ao público. O imbróglio está na administração. A reportagem da TN entrou em contato com a Secretaria Municipal de Educação (SME) e a Fundação Capitania das Artes (Funcarte), mas, até o momento, nenhuma das instituições declarou ter projetos para o espaço. No lado da Prefeitura, o Governo Municipal aguarda pelo fim dos trabalhos da Semsur para definir o responsável.

Na questão dos feirantes permanentes, aqueles que tiverem interesse em trabalhar nos boxes do novo Mercado, deverão, segundo a Semsur, participarem do processo licitatório que será aberto em breve. No entanto, os candidatos terão que cumprir uma série de exigências na documentação e na prestação de serviços, como, por exemplo, design específicos para as lojas.

Já os comerciantes da Feira Livre do bairro, apesar das mudanças, acreditam que o movimento do Mercado trará melhorias nas vendas. Um exemplo é a feirante Erivaneide Ferreira Ramos, de 41 anos, que desde a infância trabalha na área e aposta numa resposta benéfica. “Depois do Mercado é que a feira vai melhorar”, frisou.

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