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Mercado eleva previsão para crescimento da economia

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Brasília (AE) – Os analistas do mercado financeiro aumentaram as projeções para o crescimento da economia brasileira neste ano, mas ao mesmo tempo passaram a apostar em mais um fraco desempenho da produção industrial e reduziram, de forma significativa, a previsão para o saldo da balança comercial em 2014. Os economistas do mercado também mantiveram a previsão de inflação em 6% para este ano, mesmo nível da semana anterior, segundo o Boletim Focus, divulgado ontem pelo Banco Central.
Otimismo em relação à economia brasileira aumentou, mas a indústria ainda é vista com preocupação. Instituições financeiras consultadas pelo Banco Central apostam em mais um ano de fraco desempenho para a atividade, após um 2013 de baixo crescimento
As projeções de expansão do Produto Interno Bruto (PIB) em 2014 passaram de 1,67% para 1,7%, de acordo com a pesquisa. Por outro lado, os agentes do mercado revisaram para baixo a estimativa de crescimento da indústria neste ano. O setor, que começou o ano com previsão de expansão de 2,2%, registrou novo recuo, de 1,87% para 1,8%.

A pesquisa divulgada ontem é referente à última sexta-feira, dia 28, um dia após a divulgação do resultado do PIB do último trimestre de 2013, que cresceu 0,7%, desempenho acima das estimativas dos analistas do mercado. Em 2013, o PIB registrou expansão de 2,3% ante 2012, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Pelo lado da produção, o crescimento de 2% do setor de serviços foi o principal responsável pela alta de 2,3% do PIB – porque o setor responde por quase 70% do setor produtivo brasileiro. Mas a maior alta foi apresentada pela agropecuária: 7%, o maior crescimento desde 1996, quando começou a atual metodologia de cálculo do PIB. A indústria foi a atividade que menos avançou, no país (1,3%).

Em 2013, a economia brasileira cresceu mais que os Estados Unidos e o Reino Unido (ambos com 1,9%), mas ainda ficou abaixo da média global, estimada pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) em 3,0% no ano. Com alta de 2,3%, o PIB brasileiro superou outros países, mas passou longe dos resultados da China (7,7%) e Coreia do Sul (2,8%). “Não fizemos a comparação com os Brics porque Índia e Rússia ainda não divulgaram o PIB”, justificou Rebeca Palis.

Juros
O boletim Focus não mostra as perspectivas apenas para o PIB. Os analistas continuam esperando, segundo o boletim Focus, a elevação da taxa básica de juros da economia (Selic) para 11% ao ano na próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do BC, que ocorrerá em abril. A chamada mediana das expectativas para o nível da taxa Selic no fim deste ano recuou de 11,25% para 11,13% ao ano.

Essa retração ocorre depois do anúncio, pelo Copom, da desaceleração no ritmo de alta da taxa – na semana passada, o comitê do BC elevou a Selic em 0,25 ponto porcentual, fixando a taxa em 10,75% ao ano. Se a expectativa do mercado se cumprir, a taxa de câmbio no fim de 2014 será de R$ 2,49. Na semana anterior, a média das opiniões no Focus esperavam que estivesse em R$ 2,50. Para o fim de 2015, a projeção é de R$ 2,55.

NÚMEROS

2,3% foi quanto o PIB brasileiro cresceu, em 2013, na comparação com o ano anterior, segundo o IBGE.

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