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Milho tem baixas vendas este ano

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A festa da Copa do Mundo no Brasil acabou ofuscando a comemoração do São João. Essa é a forma encontrada pelos comerciante que tradicionalmente aproveitam a venda produtos típicos do período para explicar o pouco movimento deste ano. O cenário de baixa oferta de milho e consequente aumento do preço, encontrado no ano passado, é justamente o oposto em 2014, de acordo com os vendedores e clientes. A perspectiva dos mais otimistas é de que a situação melhora a partir da próxima sexta-feira (23).
Nas ruas, comerciantes alegam que, no caso do milho, estão vendendo cerca de 10% do que costumam vender nessa época do ano
Que o milho está mais barato, todos confirmam, mas quem pesquisa ainda pode conseguir maiores descontos. Na rotatória da avenida das Alagoas, em Pirangi, a mão do milho (50 espigas) sai a R$ 25 reais. A empresária Gilksa Kátia Nascimento, que ontem (18) comprava o milho para a festa do condomínio onde mora, gostou do preço. “Ano passado, com o mesmo valor, comprei a metade da quantidade de espigas”, diz.

No estacionamento ao lado da Central de Comercialização da Agricultura Familiar, esquina das avenidas Jaguarari e Mor Gouveia, os comerciantes estão vendendo a preços mais em conta. “Está saindo a R$ 15, a mão”, diz Edmilson Graciliano. O comerciante, que todo ano troca a venda de tijolos pela de milho no mês de junho, afirma que a oferta aumentou muito, mas a venda está baixa.

“Hoje vendi duas mil espigas. Parece muito, mas em ano bom vendo 20 mil”, coloca. Os R$ 15 são valores promocionais. Em circunstâncias normais, ele e seus colegas estariam vendendo por R$ 20. “Esse ano tem muito milho, mas a Copa atrapalhou. O pessoal só lembrou de jogo. Se Deus quiser, a gente vende melhor a partir de sexta. Vai estar mais perto do dia de São João”, coloca.

Os caminhões carregados de milho trazem o produto das fazendas de Açu, Ipanguaçu, Touros, Pedro Velho, entre outros municípios do Estado. Os vendedores explicam que a falta de oferta de 2013 ocorreu devido à falta de chuvas, que prejudicou a colheita.

Não foi só o comércio de milho que sentiu baixa nas vendas. Para os vendedores de roupas e  outras indumentárias a venda também foi menor. Dos 30 ambulantes cadastrados pela Secretaria Municipal de Serviços Urbanos (Semsur) para montarem barracas nos canteiros da avenida Prudente de Morais, parte já não está mais indo.

“A Fifa acabou com nosso São João. Como aqui está próximo do estádio, a gente não foi autorizado a vender fogos. Os fogos são o ‘chama’ para as pessoas comprarem roupas também. Vendo isso há 33 anos e nunca vi tão fraco como agora”, relata Eriberto Fernandes de Aquino. Como alternativa, os comerciantes também estão vendendo camisas e enfeites do Brasil. “É o que vende mais. As roupas de São João, se vender, vai ser a partir de agora”, acrescenta. A vendedora Maria Renata Alves da Silva, que trabalha na barraca vizinha à dele, lembra que a maioria das escolas está de férias e realizaram os festejos do período, mesmo antes das vendas começarem.

A Semsur informou que as barracas montadas no canteiro da avenida Prudente de Morais, próximo ao cruzamento com a Nascimento de Castro, são as únicas, na cidade, que contam com autorização do município. “Todo ano ano há uma reunião entre os vendedores, a prefeitura e o Corpo de Bombeiros e eles recebem autorização para trabalhar lá nesse período”, explicou a secretária adjunta Fátima Lima.

Fogueira
Mais animado que os colegas  comerciantes, Luís Marcelo de Lima confirma que ainda vendeu muito pouco, porém está otimista com a proximidade da noite de São João, comemorada no próximo dia 23. Cada fogueira, vendida completa, custa R$ 30. A lenha é comprada por ele em granjas e sítios da Grande Natal. “O ‘pipoco’ começa na segunda-feira. Não sobra nenhuma aqui”, garante.

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