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Militares resgatam piloto de jato abatido por turcos

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Um dos pilotos russos do caça abatido pela Turquia próximo à fronteira do país com a Síria está em segurança, após ser resgatado por militares da Síria e da Rússia, afirmou ontem o presidente Vladimir Putin à agência de notícias TASS. Putin anunciou ainda que o piloto e todos os participantes da operação de resgate receberão “honras de Estado”. O outro piloto da aeronave, que morreu, receberá a maior condecoração do país, a medalha Herói da Federação Russa, por sua valentia.

O embaixador da Rússia na França, Alexander Orlov, confirmou o resgate do segundo piloto. Os dois comandantes teriam conseguido se ejetar da aeronave antes que ela explodisse, disse. O que morreu estava ferido e foi executado “em solo de maneira selvagem por jihadistas”; o outro “conseguiu escapar e ser resgatado”, afirmou.

Num comunicado divulgado pela agência estatal Sana, o Exército sírio afirmou que forças de seguranças sírias e russas entraram em aéreas onde os “terroristas” estão entrincheirados e resgataram o piloto.

De acordo com o ministro russo da Defesa, Sergei Shoigu, a operação de resgate durou 12 horas e contou com a participação de militares sírios e russos. “A operação terminou com sucesso. O piloto foi levado para nossa base, são e salvo”, afirmou. “Gostaria de agradecer todos que trabalharam sob grande risco durante toda a noite e finalmente completaram seu trabalho às 3h40”, disse ainda Shoigu.

O Kremlin afirmou que, apesar do incidente, o país continuará realizando ataques aéreos na região de fronteira entre a Síria e a Turquia. “Gostaríamos de manter terroristas e militantes longe da fronteira turca, mas infelizmente eles tendem a estar situados no território sírio próximo à fronteira”, declarou Dmitri Peskov, porta-voz do governo.

Um dia após a derrubada do caça russo, o Observatório Sírio para Direitos Humanos afirmou que Moscou realizou ataques aéreos intensos na província. De acordo com o diretor da organização baseada em Londres, Abdel Rahman, ao menos 12 bombardeios foram realizados ontem na região desde o início da manhã.

O piloto da Rússia que sobreviveu à queda do avião negou que a aeronave tenha violado o espaço aéreo turco e afirmou que os jatos da Turquia não emitiram nenhum alerta antes de atirar contra a aeronave.  O capitão Konstantin Murakhtin, que estava no jato Su-24 da Rússia, fez comentários em uma coletiva de imprensa com jornalistas russo na base das forças aéreas do país em Latakia.

Murakhtin afirmou que ele e seu companheiro no avião, o piloto Oleg Peshkov, não poderiam ter entrado no espaço aéreo da Turquia acidentalmente. “Não, isso é impossível, nem por um segundo”. Eu vi perfeitamente, tanto do mapa quanto do terreno, aonde estava a fronteira e aonde estávamos localizados. Não houve sequer uma ameaça de entrar na Turquia”, declarou.  O piloto Peshkov foi morto no incidente. O Ministério de Defesa da Rússia afirmou que o piloto morreu após ser atingido por uma bala no ar.

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