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Montanhas da Malásia e as praias da Tailândia

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Dois no mundo

Karla Larissa – Especial para a TRIBUNA DO NORTE

A Malásia foi o primeiro país islâmico que visitamos em nossa Volta ao Mundo. No entanto, não tivemos nenhum grande choque cultural, apenas nos deparamos com algumas diferenças curiosas, tais como vagões de trens exclusivos para mulheres; avisos de que são proibidos atos indecentes, como beijar em público; e algumas mulheres trajando burca. Talvez porque, apesar da maioria mulçumana, no país também vivem chineses e indianos que têm liberdade religiosa, o que dá um ar multicultural e menos rígido.
Torres Petronas, em Kuala Lumpur, Malásia
Na capital, Kuala Lumpur, também pela primeira vez em nossa viagem, experimentamos hospedagem por meio do Couchsurfing (rede social para viajantes) e fomos recebidos na casa de uma malaia de origem chinesa. Formada em Direito pela Universidade de Oxford, Jasmine Chong é decoradora de ambientes por paixão e uma ótima anfitriã. Durante os três dias em que estivemos em KL, Jasmine nos apresentou às culinárias chinesa, malaia e indiana, que em comum, têm o tempero bem apimentado. Ela também nos explicou um pouco sobre a política e a cultura do país, que se tornou independente há pouco mais de cinco décadas.

Imprevisto

Nossa estadia em KL foi um pouco prejudicada por uma intoxicação alimentar que tive nos últimos dias nas Filipinas, mas que só veio piorar na Malásia, me deixando, algumas vezes, de cama. Mesmo assim, conseguimos visitar alguns dos principais pontos turísticos da cidade, como as maiores torres gêmeas do mundo, as Torres Petronas; Chinatown; o Mercado Central e a galeria da cidade. Aproveitamos ainda para passear em alguns dos modernos shoppings de KL, que tem eletrônicos com preços tão atrativos quanto aos praticados nos Estados Unidos. 

Plantações de Chá

De Kuala Lumpur viajamos 200 km até Cameron Highlands, região montanhosa da Malásia, famosa pelas plantações de chá.

A temperatura nas montanhas é em média de 18°C, o que para nós foi uma pausa no calor escaldante asiático. A arquitetura das cidadezinhas da região segue o estilo inglês, desde os hotéis até o comércio.
Plantação de chá, em Cameron Highlands, Malásia
Além das plantações e fábrica de chá, os passeios por Cameron Highlands incluem visita a fazenda de morangos, fazenda de abelhas e até de borboletas. E há também as trilhas pelas florestas e cachoeiras da região, onde, dependendo da época do ano, é possível ver a Rafflesia, maior flor do mundo. Fizemos uma rápida caminhada pela floresta em meio a muita neblina. Chegamos a 2 mil metros de altitude, mas saímos de Cameron Highlands sem ver a tal flor.

Koh Phi Phi e A praia

Depois de uma semana na Malásia, chegamos a Tailândia via Phuket, onde passamos apenas uma noite antes de seguirmos para a Koh Phi Phi. A pequena ilha, que fica no meio do nada, vive em função dos turistas, que são muitos, durante o ano todo. No lugar não há carros, apenas bicicletas, que são o meio de transporte oficial dos moradores e, é claro, os barcos. Aliás, os barcos tailandeses são de uma beleza especial. Em formato semelhante ao de uma canoa, são sempre decorados com flores e fitas coloridas e combinam perfeitamente com a cor turquesa do mar de Andaman, e fazem cada foto parecer uma pintura. 
Barcos em Koh Phi Phi, Tailândia
Koh Phi Phi é dividida em duas ilhas: Don, lado onde ficam os hotéis, pousadas, albergues e o centrinho com bares, lojas e restaurantes e Leh, onde fica a famosa Maya Bay, revelada pelo filme A Praia, estrelado por Leonardo Di Caprio, em 1998.

Maya Bay é a grande atração do lugar e todos os dias muitos barcos saem de Koh Phi Phi Don, Ao Nang e Phuket para visitar a praia, um tesouro escondido bem no centro de Koh Phi Phi Leh.

Railay Beach

Leonardo Di Caprio pode ter eleito Maya Bay “A praia”. Mas para nós este título vai para Railay Beach, uma pequena península no sul da Tailândia.
Railay Beach, Tailândia
Mesmo estando no continente, o acesso a Railay é feito apenas de barco. A viagem saindo de Koh Phi Phi leva em média 1h30, já de Ao Nang são apenas 20 minutos.

Se Phi Phi é pequena, Railay é micro. São apenas quatro praias: Railay East, Railay West, Ton Sai e Pranang Cave. Tudo é muito preservado e o clima do lugar é de vida mansa, como deveria ser toda praia. Apesar disso, Railay oferece diversas opções de atividades, como escalada, passeio de caiaque, trilhas e até visitas a cavernas. Além dos tradicionais passeios de barco por ilhas do entorno.

Mas o bom mesmo de Railay é se entregar a preguiça e relaxar, curtindo a beleza e a calmaria do lugar, na praia mais bonita, Railay West.

Comparado com outras praias da Tailândia, em Railay não há muitas opções de hospedagem e restaurantes com preços convidativos para mochileiros, mesmo assim, é possível se hospedar em um resort com piscina, quarto com ar condicionado, tv, frigobar e chuveiro elétrico, pagando pouco mais de R$ 50 por casal, algo impensável no Brasil.

Passeio com elefantes 

O elefante é o animal símbolo da Tailândia e está presente na história e cultura do país, bem como na religiosidade do seu povo, uma vez que representa também a encarnação de Buda.
Karla Larissa e Fred Santos em passeio de elefante em Krabi, Tailândia
Os passeios de elefante para turistas são famosos na Tailândia e, normalmente, são oferecidos no noroeste do país, na cidade de Chiang Mai.

Mas nós conseguimos fazer um tour desses na província de Krabi, no sul do país. O passeio de aproximadamente de uma hora é feito em um parque florestal a 45 min de Ao Nang.

Cada elefante leva uma dupla de turistas, que vão sentados em um banco no alto das costas do animal, e mais um guia-condutor. O animal segue a passos lentos por entre pequenos riachos e pela floresta. E em alguns momentos é um pouco assustador estar em cima de um bicho de cerca de 3 metros de altura e 4 toneladas.

Durante o passeio, os elefantes não se intimidam em fazer uma parada para arrancar uma palha inteira de uma palmeira e fazer um lanchinho.

O guia, apesar de carregar um instrumento parecido com uma machadinha, conduz tudo com sons e com o toque dos pés nas orelhas do animal.

Ao final do passeio, os visitantes podem comprar bananas e alimentar os elefantes, que recebem o alimento com a tromba. No local funciona uma fundação de proteção aos elefantes e pelo que percebemos não há maus tratos aos animais, que chegam a custar 1 milhão de Thai Bahts, algo em torno de 30 mil dólares.

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