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Morre o compositor Dosinho

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Um dos maiores ícones da música potiguar faleceu no início desta quinta-feira (13). Claudomiro Batista de Oliveira, o Dosinho, não resistiu às complicações renais e respiratórias e faleceu aos 87 anos, após 16 dias internado na UTI da Promater.
Dosinho estava em coma e com problemas renais e respiratórios
Nascido em Augusto Severo, hoje chamada de Campo Grande, Dosinho é considerado um dos maiores expoentes do Carnaval potiguar, principalmente por seus frevos e marchinhas. É ele também quem assina as composições dos hinos mais conhecidos de ABC e Alecrim. Ele deixa mulher e dois filhos.

O velório de Dosinho vai ocorrer às 13h, no centro de velório Morada da Paz, na avenida São José, enquanto o sepultamento vai ocorrer às 17h, no cemitério Morada da Paz, em Emaús.

59 anos de Carnaval

Contemporâneo dos pernambucanos Capiba (1904-1997) e Nelson Ferreira (1902-1976), Dosinho era o derradeiro entre os antigos compositores de frevos e marchinhas em atividade. O potiguar começou sua carreira na década 1940, no Rio de Janeiro, onde trabalhou na Rádio Nacional e na Gravadora Copacabana. Suas músicas também foram gravadas por Claudionor Germano, Tri Guarany, Alceu Valença, Antônio Nóbrega e Silvério Pessoa. Em 2014 completou 59 anos de carreira.

Autor do hino do ABC Futebol Clube, e de pérolas como “Eu não vou, vão me levando”, “Doido também apanha”, “Carnaval com Bin Laden”, Dólar na cueca” e “Não se faça de doido não”, Dosinho foi o homenageado no Carnaval natalense em 2007. Crítico recorrente da falta de valorização e de investimentos por parte dos gestores públicos frente à Cultura produzida no RN, deixou de lançar discos e fazer shows em Natal em 2009, passando a se apresentar exclusivamente na folia do Recife. “Mesmo se eu fosse dez, não daria conta da demanda de shows, eventos, entrevistas… lá no Recife”, declarou certa vez a esta TRIBUNA DO NORTE em entrevista publicada em 2011.   
A esposa Lauridete Benício de Oliveira, com quem Dosinho foi casado por 45 anos, informou que “desde outubro do ano passado, quando teve uma crise renal, que estava debilitado”. A insuficiência renal voltou a se agravar em fevereiro deste ano. O compositor foi internado dia 18 de fevereiro, recebeu alta mas voltou ao hospital no dia 25 devido problemas respiratórios – no dia 27 foi transferido para a UTI em estado grave e entrou em coma. 
Notícia atualizada às 11h25 para acréscimo de informações.
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