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Morre o poeta, crítico e ensaísta Ivan Junqueira

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O escritor carioca Ivan Junqueira, que ocupava desde 2000 a cadeira número 37 da Academia Brasileira de Letras, morreu na manhã desta quinta-feira (3) no Rio de Janeiro por falência múltipla dos órgãos. Ivan, de 79 anos, estava internado há cerca de um mês no hospital Pró-Cardíaco no Rio de Janeiro. Ele deixa viúva a jornalista e escritora Cecília Costa Junqueira, com quem tinha um filho, Otávio – deixa ainda quatro filhos do primeiro casamento: Suzana, Rafael, Raquel e Eduardo. Em novembro do ano passado, ao lado da poetisa e editora potiguar Marize Castro, Ivan participou da primeira edição do Festival Literário de Natal – FLIN em debate sobre a poesia contemporânea brasileira.
Em 2013, ao lado da poetisa Marize Castro, Ivan participou do Festival Literário de Natal-Flin
Poeta, crítico literário, ensaísta e tradutor, Junqueira foi o sexto titular da cadeira 37 da ABL, antes ocupada por João Cabral de Melo Neto. O corpo do autor foi velado ontem mesmo no Salão dos Poetas Românticos, no Petit Trianon da Academia, de onde seguiu para o Cemitério São João Batista. Ivan foi enterrado no mausoléu da instituição. O atual presidente da ABL, Geraldo Holanda Cavalcanti, decretou luto de três dias e determinou que a bandeira da Academia fosse hasteada a meio-mastro.

Antes de se decidir pelas letras, Ivan Junqueira estudou Medicina e Filosofia até se fixar no jornalismo. Passou por vários dos principais jornais do Rio, como Correio da Manhã, Jornal do Brasil e O Globo, e também trabalhou no meio editorial. Como ensaísta e crítico literário colaborou com jornais e revistas do Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais, e publicações especializadas nacionais e estrangeiras. Detentor de muitos prêmios literários, sua poesia já foi traduzida para o inglês, alemão, espanhol, francês, italiano, dinamarquês, russo e chinês.

Sua obra inclui publicação de onze livros de poesia, treze títulos ensaístico e doze traduções, entre os quais livros do autor britânico T. S. Eliot (1888-1965) e do escritor francês Marcel Proust (1871-1922).

Entre 1970 e 77 foi assessor de imprensa e depois diretor do Centro de Informações das Nações Unidas no Rio de Janeiro. Passou ainda pela supervisão editorial da Editora Expressão e Cultura e pela direção do Núcleo Editorial da UERJ – além de colaborar com a Enciclopédia Barsa, Encyclopædia Britannica, Enciclopédia Delta Larousse, Enciclopédia do Século XX, Enciclopédia Mirador Internacional e Dicionário Histórico-biográfico Brasileiro.

Em 1991 transferiu-se para a Fundação Nacional de Arte (Funarte), onde foi editor da revista Piracema e chefe da Divisão de Texto da Coordenação de Edições até 1997, quando se aposentou do serviço público. Também acumulou o cargo de editor adjunto e editor executivo da revista Poesia Sempre, da Fundação Biblioteca Nacional.

Prêmios

1981 – Prêmio Nacional de Poesia, do INL
1985 – Prêmio Assis Chateaubriand, da ABL
1985 – Prêmio Nacional de Ensaísmo Literário, do INL
1991 – Prêmio da Associação Paulista de Críticos de Arte
1992 – Prêmio da Biblioteca Nacional
1995 – Prêmio José Sarney de poesia inédita, do Memorial José Sarney
1994 – Prêmio Jabuti, da Câmara Brasileira do Livro
1995 – Prêmio Luísa Cláudio de Sousa, do PEN Clube do Brasil
1999 – Prêmio Oliveira Lima, da UBE
2000 – Prêmio Jorge de Lima, da UBE

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