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Mortalidade Infantil cai no RN

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O Rio Grande do Norte conseguiu importante avanço na redução da mortalidade infantil, cuja taxa caiu 28% em apenas quatro anos, passando de 20,6 mortes a grupo de 1.000 crianças nascidas vivas em 2010 para 16,1 no ano passado. Além disso, detém a maior expectativa de vida entre os Estados do Nordeste, segundo Tábua Completa de Mortalidade, divulgada ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Ampliação da assistência médica com foco em ações preventivas e aumento de renda colaboraram para reduzir mortalidade infantil
A taxa de mortalidade de crianças com menos de um ano de idade do RN em 2014 está abaixo da média nordestina (23) e um pouco acima da nacional  (14,4). No Nordeste, o Rio Grande do Norte ocupa o terceiro lugar entre os que detém os melhores indicadores de mortalidade infantil.

Em 1980, por exemplo, de cada grupo de 1000 crianças nascidas no RN, 111 morriam antes de completar o primeiro ano de vida. A expectativa é que os indicadores de mortalidade no Brasil se aproximem mais dos países de primeiro número em função do trabalho desenvolvido nos municípios mais remotos do País pelo Mais Médicos, programa criado pelo do governo federal em 2013 para levar assistência médica às famílias de comunidades mais pobres, sejam elas no interior ou na periferias dos grandes centros urbanos.

No plano nacional, a pesquisa do IBGE também mostra acentuada queda na mortalidade infantil – redução de 90,2% desde 1940, quando ocorriam 146 mortes por mil nascidos vivos. “Com o intercâmbio entre as nações no pós-guerra, os programas de saúde pública, a vacinação em massa, começaram a ser inserido nos países menos desenvolvidos, como o Brasil. Os mais beneficiados com esse tipo de programa são as crianças. Se considerar esse período entre 1940 a 2014, quer dizer que deixaram de morrer 133 crianças menores de um ano a cada mil. Vidas estão sendo salvas”, afirmou Fernando Albuquerque, técnico do IBGE responsável pela Tábua da Mortalidade.

Ele lembra que fatores como aumento da renda e da escolaridade materna e a melhora do saneamento básico foram fundamentais para a redução da mortalidade das crianças. “Todos os grupos foram beneficiados com a redução da mortalidade infantil. A expectativa de vida aos 60 anos, em 2014, foi de 22 anos. Esse indivíduo vai viver em média até os 82 anos. Em 1940, essa expectativa de vida era de mais 13 anos. A população envelhece rápido. Até a transição epidemiológica, a maioria das mortes eram por doenças infecciosas, respiratórias e parasitárias. Esse grupo de causa começa a perder importância e aparecem doenças relacionadas à degeneração do organismo pelo envelhecimento, como câncer e doenças cardíacas.”

Expectativa de vida é de 75,2 anos
Rio (AE) – O brasileiro nascido em 2014 tem expectativa de vida de 75, 2 anos, o que corresponde a três meses e 18 dias a mais do que aquele que nasceu em 2013. O dado, calculado pelo IBGE é um dos parâmetros utilizados para compor o fator previdenciário. O aumento da esperança de vida significa que será necessário trabalhar mais para que não haja redução no valor da aposentadoria. A esperança de vida ao nascer do homem aumentou 3 meses e 25 dias em relação a 2013 – passou de 71,3 para 71,6 anos.

Para as mulheres, o ganho foi pouco menor, de 3 meses e 11 dias. A expectativa de vida para elas é de 78,8 anos; era de 78,6. Em 1940, a expectativa dos homens era de 42,9 anos e das as mulheres, 48,3 anos. “No ranking das Nações Unidas, de 182 países para os quais se calculam esse indicador, o Brasil está em 64º lugar. Estamos distantes de países como o Japão, em que a expectativa é de 83,7 anos”, disse Fernando Albuquerque, técnico do IBGE.

Santa Catarina é a unidade da Federação com maior expectativa de vida, média de 78,4 anos para ambos os sexos. Também é o Estado com a maior esperança de vida para homens (75,1 anos) e mulheres (81,8 anos). Na outra ponta está o Maranhão, com esperança de vida de 70 anos para homens e mulheres. Roraima é o Estado em que as mulheres que nasceram em 2014 têm a menor expectativa, 73,7 anos. Os homens de Alagoas são os que têm menor esperança de vida do País, 66,2 anos. Também é o Estado com maior discrepância entre os sexos: mulheres vivem quase uma década a mais.

INDICADORES SOCIAIS
Brasil, Nordeste e Rio Grande do Norte

Brasil
Expectativa de vida:
1940     45,5
1970     57,6
1980    62,5
1991    66,9
2000    69,8
2010    73,9
2014    75,2

Nordeste – 2014
Rio Grande do Norte   75,2
Ceará     73,4
Pernambuco     73,0
Bahia     73,0
Paraíba     72,6
Sergipe     72,1
Alagoas     70,8
Piauí     70,7
Maranhão     70,0

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