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MPF apura irregularidades sobre OGX

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Rio (AE) – O Ministério Público Federal (MPF) no Rio de Janeiro abriu inquérito civil público para apurar se houve irregularidades por parte da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) e da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) na fiscalização das atividades da OGX, petroleira do empresário Eike Batista.

A investigação analisará a atuação da xerife do mercado de capitais e da agência reguladora do petróleo durante o período em que a OGX irrigou o mercado com informações sobre suas descobertas e potencial de produção que se mostraram contrárias aos reais resultados de sua campanha exploratória. O inquérito foi aberto a partir da denúncia de um cidadão, provavelmente um acionista da companhia.

O procurador Márcio Barra Lima menciona a “posterior alteração no plano de desenvolvimento da sociedade empresária, com a suspensão da produção em campos de petróleo antes considerados de elevado potencial exploratório”. Em recuperação judicial, a petroleira está no olho do furacão desde que revelou a intenção de cessar em 2014 a produção do campo de Tubarão Azul, na Bacia de Campos, que vinha capitaneando as estimativas otimistas.

Em 1º de julho, a companhia concluiu pela “inexistência de tecnologia apta a justificar investimento adicional” na área e que tornavam “economicamente inviável o desenvolvimento dos campos de Tubarão Gato, Tubarão Tigre e Tubarão Areia”. Um ano antes, os papéis da OGX na bolsa sofreram um baque com a revelação de que o volume do petróleo que jorrava de Tubarão Azul era um décimo da previsão inicial.

Eike

A carreira de Eike Batista entrou na lista das “mais desastrosas” de 2013 da revista Forbes. Eike, que já foi considerado um dos mais ricos do mundo pela publicação, ocupa a sétima posição da lista, que destaca 20 nomes entre celebridades, jornalistas, políticos e empresários.

A Forbes justifica a escolha dizendo que, não muito tempo atrás, ele era um dos homens mais ricos do mundo, com uma fortuna estimada em US$ 30 bilhões. A publicação diz que o início da derrocada de Eike foi em outubro, quando a OGX “deu o maior default da história das empresas da América Latina” e entrou com pedido de recuperação judicial, seguida da companhia de construção naval OSX.

A revista ressalta ainda que, hoje, a fortuna do empresário não passa de US$ 1 bilhão e que ele enfrenta processo de acionistas minoritários por perdas por causa de informações supostamente inidôneas. Em agosto, Eike já havia sido rebaixado na lista de bilionários da Forbes Brasil, caindo do 1º lugar em 2012 (7º mais rico do mundo) para 52º em 2013. Em julho, a revista o chamou de “Brazils Biggest Loser” – o “maior fracassado do Brasil”.

No topo da lista de carreiras desastrosas da Forbes, está a chefe de cozinha norte-americana Paula Deen, acusada de comentários racistas em programa de televisão. Destaque ainda para o prefeito de Toronto, Rob Ford (2º), que admitiu ter usado crack em novembro; o ator Alec Baldwin (4º), acusado de homofobia no set de filmagens da série Newsroom, e o diretor da Agência Nacional de Segurança dos Estados Unidos, Keith Alexander, envolvido em denúncias de espionagem.

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