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MST ocupa prédio abandonado da Secretaria de Agricultura

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Membros do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) ocuparam, na manhã de hoje (31), o prédio onde deveria funcionar a Central de Comercialização de Produtos da Agricultura Familiar, em Lagoa Nova, zona Sul de Natal. O grupo montou acampamento e não tem previsão para deixar o local, que estava abandonado.

Depois de percorrerem as ruas de Natal, realizando protesto em frente à Superintendência do Incra e caminhando por algumas das avenidas mais movimentadas da cidade, o grupo chegou até o prédio da Central de Comercialização de produtos da Agricultura Familiar, localizado próximo ao cruzamento das avenidas Jaguarari com Capitão-Mor Gouveia.
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Ao chegarem ao local, os Sem Terra posicionaram produtos da agricultura, supostamente produzidos em assentamentos no interior do estado, para serem comercializados em via pública. Além disso, também foram levados colchões e tendas que servem de abrigo para os agricultores.

Pela manhã, o objetivo da manifestação do MST era cobrar providências em prol da melhoria no atendimento às famílias em assentamentos no estado e celeridade em processos de reforma agrária pelo interior. Há a previsão de um encontro com representantes do Incra ainda nesta quinta-feira (31), mas os manifestantes não definiram data para deixar o prédio ocupado.

O prédio da Central de Comercialização da Agricultura Familiar foi inaugurado em 30 de março de 2010, pela ex-governadora Wilma de Faria. Na época da inauguração, o Governo afirmou que, apesar da inauguração, ainda seriam necessários dois ou três meses – e mais um investimento de R$ 1.570 milhão – para começar a funcionar.
Estrutura está sem uso há quatro anos
A obra está edificada numa área cedida pela Ceasa, de 5.057,39 m², cujos 2.780 m² são de área construída. Os investimentos na Central são da ordem de R$ 1,4 milhão, fruto de convênio firmado com o Ministério do Desenvolvimento Agrário, onde o Governo do Estado entrou com a contrapartida de R$ 667 mil. A previsão era de que  Central beneficiasse um público total de 38.976 pessoas, com geração de 13.300 ocupações diretas. A Central tinha a finalidade de funcionar nos mesmos moldes de um supermercado.

#SAIBAMAIS#Em entrevista à Tribuna do Norte no início de julho, o  secretário de Agricultura da Secretaria de Estado da Agricultura, da Pecuária e da Pesca (Sape), Tarcísio Bezerra Dantas, responsável pele edifício, afirma que está ciente que o prédio sofre com a ação de vândalos, mas que a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater-RN), contratou uma empresa para reparar os danos. Além disso, ele garantiu que o prédio seria reinaugurado em até três meses.

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