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Mudança de rumo

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Lydia Medeiros

Michel Temer foi para o Planalto prometendo ser o presidente das reformas, até as mais impopulares. Formou uma ampla base parlamentar — que salvou seu mandato duas vezes — e aprovou projetos importantes, como o teto de gastos públicos. Agora tomou uma decisão para manter seu governo vivo: lançou-se candidato à própria sucessão. Essa arquitetura, porém, confrontou interesses eleitorais de aliados. Indicação objetiva disso é a paralisação de projetos do governo no Congresso Nacional, como a privatização da Eletrobrás e a reoneração da folha de pagamentos. Emperraram porque parlamentares não querem vincular sua imagem de candidato a um presidente com recorde histórico de impopularidade. Preferem tentar a sobrevivência à distância de Michel Temer.

Pacote tucano
O TSE deve encaminhar à Polícia Federal nos próximos dias a prestação de contas da campanha presidencial de José Serra (PSDB) em 2010. Os 46 volumes ficam guardados em papel no TSE, que copiou o conteúdo para enviar aos investigadores. Ao todo, serão analisadas quatro caixas de documentos no inquérito que apura se o tucano abasteceu a campanha com recursos ilícitos da empreiteira Odebrecht. Serra nega as acusações.

Paz e amor
Lula deve deixar para outros petistas as respostas mais duras contra os ataques à caravana no Sul do país. O ex-presidente chegou a pregar que os manifestantes levassem um “corretivo” da PM por jogar ovos. A avaliação foi feita pela bancada do PT na Câmara, ontem. Foi lembrado ainda que, este mês, o ganhador do Nobel da Paz em 1980, Adolfo Pérez Esquivel, disse que indicará Lula para a próxima edição do prêmio.

Sol para todos
O ministro da Integração, Helder Barbalho, vai se despedir do cargo com um pacote de investimentos de cerca de R$ 1 bilhão em infraestrutura na região Nordeste. O destaque são projetos na área de energia solar, bancados com recursos do Fundo Constitucional de Financiamento da região (FNE), administrado pelo Ministério da Integração. Temer quer bater bumbo para anunciar a novidade.

Na boca da Caixa
Deputados governistas e de oposição estão irritados com a Caixa. Reclamam que o banco aumentou a taxa de administração de contratos entre a União e as prefeituras para o repasse de recursos de emendas parlamentares. O percentual cobrado era de 2,5% do valor total dos recursos. Hoje, é variável e, segundo os deputados, pode chegar a 12%. Na reunião da Comissão Mista de Orçamento, o deputado Domingos Sávio (PSDB) classificou a mudança como “verdadeiro saque nas emendas”.

Muda, Brasil
Apesar das pressões, Rodrigo Maia avisou que manterá Cristiane Brasil (PTB) como relatora do projeto que regulamenta o lobby. Um grupo de insatisfeitos com o texto da deputada prepara um projeto alternativo para apresentar em plenário. Um dos conflitos é a exigência de credenciamento dos lobistas, retirada da proposta pela deputada. O substitutivo pretende repor a obrigatoriedade.

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