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Mudança é a ‘palavra de ordem’

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O projeto Parlamento Jovem, da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Norte, objetiva aproximar a juventude da política. Com atividades semelhantes ao exercício da função oficial parlamentar, a ideia é levar o entendimento do funcionamento do legislativo para a juventude. São estas as pretensões dos deputados desta edição, ansiosos pela possibilidade de voz política e atuação parlamentar.
Os jovens eleitos para o Parlamento Jovem se dizem ansiosos pela possibilidade de voz política e atuação parlamentar
Eles querem mudar. Mudar a vida dos jovens e da sociedade. Querem aprender. Aprender seus direitos e a exercer cidadania. “Esta é a minha chance, de conhecer mais a política e tentar defender os interesses da população”, identifica  a deputada jovem Georgia Lopes, 16, estudante do Instituto Brasil. Para a deputada jovem Rafaela Braga, 15, Escola Estadual Berilo Wanderley, ela pode ser um agente de mudança para a população, principalmente para a juventude “que não tem muito interesse em política”.

Com estes posicionamentos, se configura a imagem da Assembleia Legislativa sobre o projeto. “É um projeto político educacional”, define Pádua Martins, coordenador do projeto. Em concordância da análise de Ricardo Motta, presidente da Assembléia Legislativa. “É um projeto da Assembleia Legislativa que visa aproximar o parlamento dos jovens. Os trazendo para dentro da Casa,  para que eles entendam a política como ela é: um instrumento de transformação para melhorar a vida das pessoas”.

Exemplo de transformação é Débora Santos, 20. Após participar do projeto, decidiu por um rumo diferente. Cursar a faculdade de direito. “Me apaixonei pela área de direito estudando a constituição no parlamento jovem”, coloca. Ela fez parte da primeira edição do Parlamento Jovem, em 2010, que contou com a metade do número de escolas participantes deste ano, apenas seis, das cidades Natal e Macaíba.

Sobre a experiência, ela fala com entusiasmo. “Para mim foi gratificante, porque no parlamento você tem a visão ampliada e crítica sobre política”, coloca. “No mês seguinte do início da minha participação no projeto, em 2010, foram as eleições, e eu já tinha aprendido o valor do meu voto e como exercer a minha cidadania”. Ela ainda vai a Assembléia, agora como convidada para cantar o hino do Rio Grande do Norte em sessões solenes.

Parlamento Jovem

O que é?
É um projeto da Assembleia Legislativa e está em sua quarta edição.

Quando ocorre?
O projeto tem vigência anual. Geralmente inicia o processo eleitoral em julho de cada ano.

Como ocorre?
São eleitos 24 jovens de escolas públicas e privadas que se tornam deputados estaduais.

Quem participa?
Somente estudantes de ensino médio, até 19 anos de idade, podem ser candidatos, e ter direito a voto. Eles se candidatam em suas escolas e são votados por colegas. São dois representantes por escola.

O que podem fazer?
Eles participam de sessões plenárias mensais. Fazem requerimentos, apresentam projetos de lei, realizam debates, promovem audiências públicas.

Quem gerencia?
Todas as atividades realizadas contam com a assistência técnica da Procuradoria Geral, Secretaria Legislativa e Cerimonial da Assembleia.

O que eles pensam:
Jovens deputados estaduais comentam sobre a expectativa da participação no Parlamento Jovem. Dos 24 participantes, a TRIBUNA DO NORTE entrevistou quinze. Em reunião conjunta, expuseram suas opiniões quanto a política e as atividades que devem participar.

Motivação

“Eu queria ser do Parlamento Jovem para ter mais voz. Poder falar sobre o nosso dia a dia e tentar levar mudanças para a minha escola”.
José Augusto,17 – E.E. União do Povo, Natal.

“Gosto muito de política, não entendo muito bem. Vim como a chance de conhecer e tentar defender a população”.
Georgia Lopes, 16 – Instituto Brasil

Experiências políticas
“Já participei da 9° Conferência  Estadual dos Direitos das Crianças e dos Adolescentes e já gostava de estudar a sociedade, a política e a igreja”.
Pedro Cassiano, 17 – E.E. Professor Gaspar, Monte Alegre

Propostas
“Quero debater sobre a educação inclusiva. Pessoas que portam deficiência e não recebem apoio de suas escolas. Vou propor que escolas deem capacitação para os professores para trabalharem, visando a acessibilidade. Propor também que profissionais trabalhem em harmonia com a família”
Alan Macêdo,17 – Instituto Brasil, Natal.

“Trazer melhoras para a nossa escola”
José Augusto, 17 – E.E. União do Povo, bairro de Cidade Nova/ Natal.

Expectativa
“Através de nós mudar a mente das pessoas sobre o que é política, principalmente os jovens que não se interessam tanto. Tentar mudar o sistema do nosso país, primeiro tentando mudar o modo de pensar das pessoas. Eles só veem roubo. Nós, mesmo sem estarmos à frente de um cargo, estamos fazendo política. Qualquer atividade que mude a vida das pessoas é política”.
Rafaela Braga, 15 – Escola Estadual Berilo Wanderley.

“Nós queremos ter voz. Acham que por sermos jovens, não temos opinião. Com esta participação pretendo buscar providências. Com a consciência política e vivência do direito, do processo político democrático”.
Jaiane Ferreira, 17 – Peregrino Junior.

“Meu objetivo é trabalharmos unidos para fazer alguma diferença. Sem brincadeira! Fazer desta 4° edição uma referência para os que hão de vir. E não fazer diferença só na escola. Mas que depois os nossos projetos sejam levados para dentro do parlamento e levados aos deputados oficiais”.
Bruno Marinho,16 – Escola Marista, Natal

Futuro político
“Aqui é o meu primeiro passo. Sou líder de sala, coordenador da pastoral juvenil Marista, e quero ir (na política) até onde puder chegar”.
Bruno Marinho, 16 – Escola Marista, Natal

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