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Na trilha da campanha

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Woden Madruga [ [email protected] ]

Batuco estas mal traçadas linhas antes da chegada do candidato Aécio Neves, tucano, desceria no aeroporto Governador Aluízio Alves, mais ou menos ao meio-dia, para uma nova visita eleitoral ao Estado (a anterior foi interrompida por conta da tragédia que tirou a vida do também candidato Eduardo Campos). O radinho ligado no birô não acrescenta novidades, a não ser de assaltos contínuos a ônibus e, também de outras modalidades, que se repetem a todo instante em Natal. Estou sabendo agora, por exemplo, que bandidos assaltaram ontem o segurança da Biblioteca Doutor Américo de Oliveira Costa, na Zona Norte, levando arma do guarda municipal, mas deixaram os livros nas estantes. Em seguida, escamparam tranquilamente. Os livros, nem tanto.
Afirmam os entendidos que Natal está entre as capitais brasileiras mais inseguranças. Arrastões em bares e restaurantes e assaltos a ônibus e residências é a rotina de todos os dias. Fazem parte da paisagem da cidade, assim como a Fortaleza dos Reis Magos (abandonada e também alvo de assaltos ao seu arredor)  e o Rio Potengi poluído fazem. Aliás, a Segurança Pública passou a ser a principal reivindicação do brasileiro. À frente mesmo da Saúde e da Educação. Tanto assim que estão na linha de frente dos discursos dos candidatos.

No cenário federal a manchete mais espantosa tem a ver com a candidata a presidente Marina Silva. Poucas horas depois do PSB confirmar sua candidatura  no lugar  de Eduardo Campos, a ex-ministra de  Lula deu as contas ao coordenador geral de sua campanha. Confiro a notícia na Folha de S. Paulo:

“Carlos Siqueira, secretário-geral do PSB e coordenador da campanha de Eduardo Campos, disse à Folha nesta quinta-feira (21) que  não seguirá na função ao lado de Marina Silva”.

Carlos Siqueira falou que a candidata havia sido grosseira com ele, depois que anunciou para ela de que a sua função estava encerrada depois da morte de Eduardo Campos. Isso foi na reunião de quarta-feira (20). A Folha acrescenta: “O rompimento de Siqueira, militante histórico do partido, revela quão difícil será a nova realidade eleitoral para o PSB”

Mais adiante, jornalista Igor Gielow, diretor da sucursal da Folha em Brasília, faz uma interpretação do fato, que começa assim:
“A primeira baixa na campanha de Marina Silva à Presidência é um alerta a seus partidários sobre as pedras em seu caminho ao Planalto. Claro que o marineiro otimista verá na saída de  Carlos Siqueira, secretário-geral do PSB e antigo braço-direito de Eduardo Campos, um sinal inequívoco de que Marina é inflexível ideologicamente no comprometimento com a ‘nova política’.

Siqueira é o proverbial ‘quadro’, homem de partido e de negociações, com longa história no PSB.

E acrescenta:

“Se isso é bom para a narrativa marinheira de rompimento com práticas tradicionais, aparentemente um dos esteios centrais de sua intenção de votos alta e baseada na rejeição da política comezinha, a realidade pode mostrar-se bem complicada.”

A campanha, como se sabe,  está começando agora. Pela frente uma cavalgada de mais de 45 dias. Como diria seu Acácio, muita coisa vai acontecer por essas retas e curvas, subidas e descidas.

De salada
É do escritor e cronista Luís Fernando Veríssimo na sua crônica de ontem no Estadão:
– Nenhum eleitor brasileiro sabe exatamente no que está votando, nessa mistura do pragmatismo dos grandes partidos com o oportunismo dos partidos caroneiros, que não apresentam nada a não ser a própria gula por um naco de poder. Uma salada decididamente indigesta.

Maçonaria
Ticiano Duarte se afasta por alguns dias do cotidiano pagão da aldeia, principalmente do suculento cardápio político, para se dedicar, tempo integral e dedicação exclusiva, a sua Maçonaria Filosófica. Hoje há dois encontros. O primeiro, às 10 horas, na Loja Bartolomeu Fagundes; o segundo, às 20 horas, na sede do Grande Oriente Independente do Rio Grande do Norte.
Estarão presentes delegações vindas de várias partes do país. Amanhã, os mações vão doar ao Armazém da Caridade 200 cestas básicas para os seus projetos de assistência social.

Tapume 
A Prefeitura de Natal precisa retirar, urgentemente, os dois tapumes do Viaduto de Ponta Negra, colocados ali por conta da Copa do Mundo que já se foi, há séculos. São as duas coisas mais feias que já colocaram nas margens da avenida Salgado Filho que, coitada, também sofre dos maus tratos da mídia natalense que a apelida de “BR-101”. Certamente invenção de repórteres “cubanos” que, nos últimos tempos,  invadiram nossas redações.

Para certos coleguinhas a “BR-101”, que vem lá de Osório, no Rio Grande do Sul (mais de 8 mil quilômetros) é  o novo “Grande Ponto” de Natal. Ou,  como diz a má palavra, um “point”.

Do Sertão
De Mossoró vem a notícia da realização da XII Jornada Cultural do Museu do Sertão, criação do professor e acadêmico Benedito Vasconcelos, e que acontecerá na fazenda Rancho Verde, arredores da cidade. Será no dia 30, o outro sábado, o dia todo.

Bienal
Começa hoje, na capital paulista (Arena Anhembi) a Bienal Internacional do Livro de São Paulo, em sua 22ª versão. Os promotores esperam receber 700 mil visitantes. Lá estarão 300 expositores (editoras, livrarias, distribuidores de livros) Na programação (palestras, debates, lançamentos de livros, eteceteras e eteceteras…)  estão listados 186 autores brasileiros e 22 internacionais.

Ideias
Durante a Bienal, funcionará, entre tantas atrações, o Salão de Ideias (para palestras e debates). Destaque para a mesa com o tema “Quase Romance, Quase Memória”, reunindo três grandes nomes da literatura brasileira: Carlos Heitor Cony, Heloisa Seixas e Ruy Castro.

Em Cruzeta
WM errou na coluna de ontem a data do Encontro de Música de Cruzeta. Não foi ontem. Será hoje, a partir das 15 horas, sob a batuta do maestro Humberto Carlos Dantas, o Bembém.

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