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Nam-Myoho-Rengue-Kyo (3)

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Dr.  Jorge Boucinhas – médico e professor da UFRN

No primeiro Artigo desta série começou-se por explicar o sentido e as base do Daimoku do Mantra Nam-Myoho-Rengue-Kyo. O Artigo seguinte enfocou algo sobre as recentes descobertas científicas de que a repetição de sílabas, mesmo que sem sentido, age como propiciadora de relaxamento (trabalhos do Dr. Benson, de Harvard).   Também foram vistos os benefícios psicofísicos de tal procedimento, bem estudados pelos adeptos da Meditação Transcendental.

Hoje se parte para adentrar ainda mais os conceitos, lembrando a questão do significado de gestos e palavras, o que se chama de intencionalidade, e é mui ligado à emoção. A grande diferença aportada pela hipnose moderna, uma das Escolas atuais sendo a da Cibernética, que tem como um dos expoentes um grande pernambucano, o Dr. Lamartine Hollanda Júnior, foi a valorização do elemento emocional, hoje sabendo-se ser mais importante que as meras palavras.   

A adaptação da Teoria do Campo Unificado preconizada pelo Maharishi Mahesh Yogi, e que teve certa comprovação experimental na Universidade de Poona, na Índia, reza que, quando 5% de uma dada população medita, ocorre modificação no ambiente mental de toda comunidade.   Durante a meditação, a consciência rapidamente expandir-se-ia para uma experiência de consciência universal (que corresponderia ao conceito de Campo Unificado), com a consciência individual identificando-se temporariamente com a consciência universal no mais simples estado de consciência, no estado que os fisiologistas chamam “consciência pura”.  John Hagelin, PhD, uma autoridade mundial sobre os fundamentos da consciência humana, foi bem mais além, declarando que quando 8.000 a 40.000 pessoas meditam simultaneamente, as mudanças no ambiente mental global são tais que ocorrem mudanças favoráveis no clima humano, de tal monta que se pode até mudar para melhor os rumos da civilização.   Claro que ainda é algo sem maior comprovação, mas totalmente aberto à experimentação, a qual, aliás, já tem financiamento garantido pela Maharishi Foundation.

O valor de inserir a mente no momento que passa, no aqui e agora, já foi descrito no Karma Yoga e bem reforçada nos ensinamentos do Buda Sakyamuni. Nos dias de hoje há uma série de informações veiculadas pelo conhecido místico Eckhardt Tolle, alemão. Em sua suma indicam bem a necessidade de mergulhar a mente no instante que corre, viver o que se passa, que é ao mesmo tempo to rápido e fugaz quanto profundo. E é de lembrar que o  grande Nitiren Daishonin já deixara bem declarado:   “-Viva cada momento. Sofra o que tiver que sofrer, desfrute o que existe para ser desfrutado; considere tanto o sofrimento como a alegria como fatos da vida e continue orando, repetindo Nam-Myoho-Rengue-Kyo, não importando o que acontecer, e então experimentará a grande alegria da Lei”.   

Assim, é como ao mesmo tempo somatório e sumário de tudo que foi visto nos três Artigos desta série, que se propõe então, aos caro(a)s leitore(a)s:   duas vezes ao dia (duas ocasiões bem propícias são ao levantar e ao por do sol), onde quer que e como se esteja, pratique-se a repetição do Nam-Myohô-Renguê-Kyô, de preferência com certa intencionalidade e vivendo o momento emocional que se passa, por breves 5 minutos em cada ocasião. E, adicionalmente, não deixe de repetir o Mantra em cada ocasião de crise ou dificuldade.  Ou, simplesmente, quando se estiver sem nada fazer e se perceba a deixar a mente deslizar para a atenção para coisas fúteis e desnecessárias quais fofocas e baboseiras semelhantes. Obviamente os católicos podem proferir jaculatórios ligados à Virgem Maria, os hinduístas podem preferir o OM (auuum) e os maometanos seguramente prefiram repetir um dos atributos de Alá, mas, para todos que não têm tal hábito ou os que já tem mas não estão atados a escrúpulos religiosos, fica a sugestão de acrescenta às suas práticas esta frase que transcende os limites do Budismo e pode ser considerada neutra e universal, sendo apenas (e isto é muito!) um lembrete forte e indireto do aspecto transcendente da vida. 

Para todos, com desejo de paz e sentimento de amor fraterno,  Nam-Myohô-Renguê-Kyô,   Nam-Myohô-Renguê-Kyô, Nam-Myohô-Renguê-Kyô.

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