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Natal cai no ranking do saneamento

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Promessa de campanhas políticas tanto na eleição de governador como na de prefeito nas últimas duas décadas, o saneamento básico de Natal não para de cair no ranking nacional. O município, que ocupava o 43º lugar em 2006, caiu para o 50º no ano seguinte e perdeu quatro posições em 2008, agora ocupa o 55º lugar, segundo ranking divulgado ontem pelo Instituto Trata Brasil, com base no Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS/2009), do Ministério das Cidades.

De acordo com o estudo, o índice de atendimento total de água em Natal é de 92% e o de esgoto de 32%, abaixo de capitais vizinhas como Fortaleza e João Pessoa (46%) e Recife (39%). No caso do ranking de atendimento total de esgoto, Natal ocupa o 61º lugar num universo de 81 cidades. O ranking inclui apenas as cidades com mais de 300 mil habitantes. As informações são fornecidas espontaneamente pelas empresas prestadoras dos serviços. Em Natal, a responsabilidade pelo abastecimento de água e  tratamento de esgotos é da Caern, do governo estadual. Como tem como base o ano de 2009,  a pesquisa divulgada ontem não reflete os efeitos da Estação de Tratamento de Esgoto do Baldo, inaugurada nos últimos dias da administração da governadora Wilma de Faria, mas que só entrou em funcionamento este ano.

“São as cidades que concentram a maior parte da população do país e, portanto, também os maiores problemas sociais decorrentes da falta destes serviços”, afirmou Édison Carlos, presidente do Instituto Trata Brasil.

Para fazer o ranking, o Trata Brasil considera várias informações prestadas pelas empresas operadoras de saneamento nas cidades, tais como a população total atendida com água tratada e com rede de esgoto; tratamento do esgoto por água consumida; índice total de perda de água tratada – calculado com base nos volumes totais de água produzida e de água faturada demonstrando a eficiência do operador, tarifa média praticada e que corresponde à relação entre a receita operacional do prestador do serviço e o volume faturado de água e de esgoto na cidade, além dos investimentos em relação à geração de caixa dos sistemas, compreendendo a arrecadação sem despesas operacionais. Para cada indicador o estudo estabelece um ranking de evolução e a combinação destes dados classifica a cidade no ranking.

Carlos explica: “Em coleta e tratamento de esgotos é adotado peso 2, por serem os indicadores que geram os maiores impactos negativos, tanto sociais quanto ambientais. Como o mesmo critério é adotado todos os anos pode-se comparar os avanços e retrocessos de cada cidade no tempo.”

Como são consideradas as cidades acima de 300 mil habitantes, em relação ao ranking de 2008, no de 2009 foi excluída a cidade de Caruaru (PE) por ter ficado abaixo deste número e incluída a cidade de Caucaia (CE) com cerca de 335.000 habitantes.

O levantamento mostrou que 66 das 81 cidades analisadas informaram atender 80% ou mais da população com água tratada, sendo que, destas, 20 informaram  ter cobertura de 100%, sinalizando assim a universalização no atendimento. Por outro lado, 15 municípios apresentaram atendimento inferior a 80%.

O índice médio em coleta de esgoto nas 81 cidades foi da ordem de 57% da população. Vinte e oito cidades informaram ter índice de coleta de esgoto superior a 80%, sendo que, deste total, três informaram ter 100% de coleta: Belo Horizonte, Porto Alegre e Montes Claros. Por outro lado, 53 municípios apresentaram índices de coleta inferiores a 80%.

O estudo revelou que, se considerarmos o período entre os anos de 2003 e 2009, houve um avanço de 2,9 pontos percentuais no atendimento de água tratada, 12,1 pontos na coleta de esgotos e de 7,8 pontos percentuais no tratamento dos esgotos.

“Apesar de serem números relevantes, são muito baixos para um período de sete anos. Se considerarmos os avanços nos últimos 5 anos, por exemplo, vemos que a melhoria em coleta de esgotos foi de apenas 2,8 pontos percentuais e de 6,7 pontos no tratamento, ou seja, crescimentos insuficientes para a necessidade do Brasil em resolver estas carências”, afirma Carlos.

Pelos números levantados pelo Trata Brasil, em 2009 somente estas 81 grandes cidades despejaram no meio ambiente cerca de 5 bilhões de litros de esgoto sem tratamento por dia, contaminando solo, rios, mananciais e praias do País, com impactos diretos à saúde da população.

Cidades da Ásia estão entre as mais poluídas

Genebra (AE) – Cidades no Irã, Índia, Paquistão e a capital da Mongólia, Ulan Bator, estão entre as piores do mundo em poluição do ar, enquanto as cidades dos Estados Unidos e do Canadá estão entre as melhores, indica uma pesquisa publicada ontem pela Organização Mundial da Saúde (OMS), feitas em 1.100 cidades de 91 países. A cidade iraniana de Ahwaz, no sudoeste do país asiático, bateu o recorde com o nível mais alto de poluição do mundo, 372 microgramas por metro cúbico de ar.

A capital da Mongólia ficou em segundo lugar, com 279 microgramas por metro cúbico de ar. As cidades brasileiras aparecem no estudo. A Região Metropolitana do Rio de Janeiro foi considerada a mais poluída do Brasil, com 64 microgramas por metro cúbico de ar.

A Região Metropolitana do Rio está em 144º lugar na lista. A Região Metropolitana de São Paulo aparece com 38 microgramas por metro cúbico, em 268º lugar na classificação geral, perto de Buenos Aires e Paris. A OMS diz que o limite recomendável é uma poluição de 20 microgramas por metro cúbico de ar a cada ano. A Região Metropolitana de Curitiba (PR) tem poluição de 29 microgramas por metro cúbico de ar.

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