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Natal é a sexta capital mais segura do País

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DEPOIMENTOS - Turistas criticam mercado do sexo em Natal

De cordo com uma pesquisa feita  em abril deste ano pela Fundação Comissão de Turismo Integrada do Nordeste (CTI), através do Programa de Qualificação do Receptivo do Nordeste (PQR-NE), Natal é a 6ª capital mais segura do Nordeste. A colocação obtida contraria a pesquisa do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), feita entre os anos de 2004 e 2005 e que atesta Natal como a capital mais segura do País.

Ao contrário da pesquisa anterior, a desse ano não foi comemorada e  divulgada pelas autoridades da Segurança e do Turismo do Estado. A pesquisa do Ipea foi divulgada inicialmente na imprensa nacional, em meados do ano passado, e foi vastamente repercutida em veículos do Governo e da imprensa local. O site da Secretaria de Defesa Social divulgou na época: “Cem por cento urbana, 745 mil habitantes, parceria da polícia com bugueiros e uma espécie de tolerância zero contra o crime são fatores que posicionam Natal como a mais tranqüila das capitais brasileiras”. Mas a pesquisa da CTI parece ignorada pelos órgãos oficiais de divulgação.

Segundo os estudos da comissão, a capital mais segura do Nordeste é João Pessoa, com nota de 2,38 (valendo de 0 a 3). Em seguida vêm Sergipe e Maceió, com nota de 2,33. A quarta colocada é São Luís, com 2,31 e a quinta, Recife, com 2,25. Só então Natal aparece, com a nota de 2,08. Seguida de Salvador, Fortaleza e Teresina. Os integrantes do grupo avaliaram ainda itens como limpeza urbana e infra-estrutura oferecida ao turista e o resultado foi divulgado no Salão de Turismo, em São Paulo em junho deste ano.

A pesquisa serviu como base para que o Ministério do Turismo possa planejar e implementar ações de fortalecimento no setor em cada capital, através do desenvolvimento de projetos estruturantes e a promoção da qualificação de bens e serviços. Mas o resultado não é tão positivo quanto o divulgado pelo Ipea, que atestou Natal como a capital mais segura do país, e a segunda cidade, perdendo apenas para Maringá, no estado do Paraná.

De acordo com Enrico Fermi, presidente da Associação Brasileira da Indústria Hoteleira/RN, um grupo formado por pessoas que controlam o ramo já está sendo reativado, para cuidar de pontos específicos em que ainda há problemas, mas contesta a afirmação da pesquisa. “Natal ainda é considerada uma cidade tranqüila. Ainda vendemos isso como ponto positivo”, informa. Enrico informa que um dos grandes problemas da capital era o corredor turístico de Ponta Negra, mas que as ações da polícia teriam minimizado a questão. “Vai melhorar mais ainda depois que instalarem monitoramento por câmeras. O que já está para ser feito”.

O consultor em meio ambiente e saúde Ronaldo Queródia está com a família em Natal há cerca de duas semanas. Na terceira visita em dez anos, ele também acha que o mercado do sexo ainda atrapalha a imagem e sensação de segurança em Natal. “é incrível como a gente percebe a participação de taxistas e surfistas no esquema. É como uma empresa organizada”, disse.  Ronaldo elogiou a campanha publicitária contra o sexo-turismo, mas acha que ainda há muito a ser feito. 

O paulista também sentiu falta de ser mais orientado no tocante a pontos perigosos da cidade ou a medidas a serem tomadas, para que ações dos bandidos sejam evitadas. “A gente já sabe como é, sobre tomar cuidado com bolsas, não andar em lugares perigosos, mas ninguém informou melhor a gente sobre isso”, explicou.

Secretário discorda de método utilizado

O secretário adjunto de Turismo do Estado, Armando José, contestou a pesquisa e o método utilizado pelo CTI. Segundo ele, a pesquisa divulgada recentemente não tem qualidade como a feita pelo Ipea. “Essa pesquisa foi feita por cinco jornalistas de Fortaleza, mais alguns técnicos de dentro de um carro, em cerca de seis horas. Não é como a da Fundação Getúlio Vargas, que foi feita em um ano e meio”, argumentou. O secretário alega que recebeu os resultados, mas sequer olhou, pois não acredita na metodologia utilizada.

O secretário alegou ainda que além da segurança, mais sete itens foram avaliados e o tempo gasto para o estudo é insuficiente para se obter um resultado concreto. “Eles tinham papéis com itens que iam perguntando se tinha ou não tinha na cidade. Assim, fizeram as anotações, embarcaram num avião fretado e foram embora fazer nas outras capitais”.

O secretário de Defesa Social, Francisco Glauberto Bezerra, informou que não tem conhecimento sobre a pesquisa do CTI, e que por isso, prefere não se aprofundar sobre o resultado. O secretário ratificou a primeira pesquisa, que tem Natal como a mais segura do País. “Natal é uma cidade muita segura. Recentemente houve uma Reunião sobre Turismo em Recife e nossa capital foi citada como exemplo. Glauberto argumentou que as ações implementadas em conjunto com as polícias, Poder Judiciário, Ministério Público e secretarias estaduais e municipais propiciam as boas colocações de Natal no ranking das cidades.

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