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Natal na mira de artista da DC Comics

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O cearense Geraldo Borges, um dos talentos nacionais dos quadrinhos com reconhecimento internacional, vai deixar seu traço definitivamente em Natal. O quadrinista vem lançar seu primeiro ‘artbook’ – uma compilação de desenhos e esboços próprios – no próximo dia 13 deste mês, na livraria Nobel, e também anunciar a mudança para Natal, onde reabrirá seu estúdio de trabalho e ministrará cursos voltados para a área artística em quadrinhos. Há três anos Borges desenha para a poderosa DC Comics, onde trabalhou com vários personagens clássicos da editora.
De mudança para Natal, onde montará um estúdio para criação e cursos, Geraldo Borges também lançará ‘artebook’ com heróis criados para a DC Comics
A mudança para Natal teve motivação pessoal. “Gosto muito da cidade, e desde que participo em feiras e eventos de literatura por aí, vi que havia uma carência grande desse tipo de trabalho. Muita gente com talento e querendo aprender mais, mas sem ter um lugar”, explica. O estúdio, atualmente em Fortaleza (CE), virá ainda este ano para Natal, e já contará com alguns cursos em ilustração, animação, desenho e pintura. “Em 2013 contarei com uma programação fixa, mas vou fazer algumas coisa já neste ano, para sentir o clima”, promete.

O artbook pode funcionar como uma introdução ao trabalho de Geraldo Borges. Ele batalha no concorrido mercado norte-americano desde 2006, e há três anos passou a desenhar também na DC Comics, onde assinou os traços de Batman, Liga da Justiça, Lanterna Verde, Asa Noturna, e Mulher Maravilha – que figura na capa do artbook.

“Em setembro ou outubro sairá no Brasil as histórias do Lanterna Verde que desenhei ano passado, nos Estados Unidos”, conta. Atualmente ele se dedica ao personagem Asa Noturna – que é a identidade do Robin ao desfazer a parceria com Batman. Borges é um artista do lápis. Recebe o roteiro da história, e a desenha. Depois há toda uma equipe para arte-finalizar e colorir posteriormente o trabalho.

O desenhista conta que faz parte de uma geração nova que viu o mercado de quadrinhos se expandir e mudar de forma radical. “Nós vimos brasileiros ascendendo no mercado estrangeiro, e os quadrinhos ficando cada vez mais setorizados”, diz. O público mudou, envelheceu, renovou, e as editoras tentam acompanhar a mudança. “Passou-se o tempo de economizar o dinheiro do lanche pra comprar o gibi”, brinca.

Geraldo Borges cita as reformulações que a DC e a Marvel – as principais editoras – fizeram para tornar seus personagens clássicos mais próximos do leitor jovem. “Até o Maurício de Souza, que ainda tem as maiores tiragens do país, fez a versão teen dos seus personagens, e adotou um visual de mangá para deixar a revista mais atraente para a garotada”, analisa. O cinema também se tornou um ingrediente mais importante que nunca. “Muitos leitores novos aparecem a partir do sucesso das adaptações do cinema. Eles assistem o filme e vão buscar os quadrinhos depois”, diz.

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