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Natal tem 103 pontos de alagamentos

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Fernando Domingo
Repórter

A cada chuva que cai sobre Natal a preocupação das pessoas que residem na cidade é praticamente a mesma: pontos de alagamentos. O município possui um longo histórico deste tipo de ocorrência, que dificulta a mobilidade urbana, e, por vezes, promove tragédias para muitas famílias, em função de deslizamentos de terra, casas completamente alagadas e perda de pertences pessoais. De acordo com levantamento feito pela Secretaria Municipal de Obras Públicas e Infraestrutura (Semov) para o Plano Diretor de Drenagem e Manejo de Águas Pluviais, existem 103 locais em situação crítica na capital potiguar, com sistemas subdimensionados e tubulações que não comportam a demanda  atual da sociedade. No entanto, apesar da ciência da Semov, não há projetos e nem recursos para obras de atualização em todas estas áreas.

Com base nisto, a TRIBUNA DO NORTE percorreu oito trechos do município que registram casos caóticos a cada novo temporal. Entre os locais escolhidos, estão áreas de todas as zonas administrativas da capital, como as avenidas Roberto Freire, Capitão-Mor Gouveia, Afonso Pena e Moema Tinoco.
O problema de alagamentos ocorre em todas as regiões de Natal
A reportagem também entrou em contato com secretário adjunto de conservação da Semov, Walter Fernandes, para questionar cada problema. Segundo ele, a principal causa dos alagamentos em Natal são decorrência dos sistemas de drenagem ultrapassados. “As tubulações, lagoas e galerias são incapazes de gerir a demanda atual, pois, muitas dessas estruturas foram implantados há mais de 20 anos, em uma situação urbanística completamente diferente”, explicou Walter Fernandes.

Pelo estudo feito para o Plano Diretor, ainda em 2010, a região com mais pontos em situação degradada é a zona Sul, com 43 áreas espalhadas em bairros como Candelária, Capim Macio, Lagoa Nova, Neópolis, Ponta Negra e Nova Descoberta. Conforme o secretário adjunto, porém, a zona Norte enfrenta grandes dificuldades, pois, muitos conjuntos foram construídos sem saneamento básico, o que amplifica as inundações. “Isso é resultado do desenvolvimento desordenado. Hoje, inclusive, qualquer trabalho de pavimentação realizado acaba incluindo drenagem e outras questões, pelas dificuldades dos sistemas. Os bairros de Nossa Senhora da Apresentação, Lagoa Azul e Pajuçara são exemplos”, comentou Fernandes.

Ainda segundo o secretario adjunto da Semov, é preciso também conscientização das pessoas, pois, muitos bueiros e galerias estão entupidas, por conta de lixo e sujeira. “Isto é um ponto crítico em nosso trabalho. Constantemente, atuamos de maneiras corretiva nos sistemas de drenagem, mantendo o quadro de comandos atualizado, realizando a revisão das bombas e tubulações e através de operações como a tapa buracos.

No âmbito de investimentos, Walter Fernandes reconheceu a falta de recursos para financiar todas as obras necessárias. No entanto, de acordo com ele, em até seis meses, equipamentos importantes, como o túnel e as galerias da macrodrenagem da Arena das Dunas, na zona Sul, e as tubulações dos bairros de Nossa Senhora da Apresentação, Brasil Novo e Novo Horizonte, na zona Norte, serão concluídos. “Com o pleno funcionamento nessas áreas, o impacto das águas pluviais nas ruas e avenidas contempladas vai ser reduzido consideravelmente”, afirmou o secretário adjunto.
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