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Natal terá e-SUS em cinco unidades

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Valdir Julião
repórter

Em junho deste ano termina o prazo dado pelo Ministério da Saúde (MS) para os municípios brasileiros implantarem o e-SUS Atenção Básica, o chamado Sistema de Informação em Atenção em Saúde (Sisab). No Rio Grande do Norte, apenas 38 dos 167 municípios não iniciaram ou estão em fase ‘incipiente’ de implantação. Em 122 municípios o e-SUS-AB está implantadp, segundo dados de fevereiro de 2015 da Secretaria Estadual de Saúde Pública (Sesap).

No caso de Natal, o e-SUS começou a ser implantado para atender 123 equipes da Estratégia Saúde na Família (ESF),  no entanto, o sistema eletrônico de alimentação de dados será implementado gradativamente, segundo a diretora do Departamento de Atenção Básica (DAM) da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), Ana Cláudia Cardozo. 

Segundo ela, o e-SUS será implantado por projeto piloto em cada um dos cinco Distritos Sanitários da cidade: “O e-Sus é uma estrategia para a reestruturação das informações em saúde na atenção básica, nesse momento, a perspectiva é que ele seja estendido a todos as unidades de saúde”, disse Ana Cláudia Cardozo.

 Segundo ela, na saúde ainda se usa papel para o registro de informações dos usuários do SUS e, apesar de informatizado, o Sisab também comporta o preenchimento de informações em papel. Hoje, continuou ela, ainda se tenta informatizar o sistema de saúde,  como já ocorre com alguns sistemas computadorizados, mas a  maioria dos registros na saúde é manual.

Do ano passado para cá, segundo ela, o MS vem fazendo uma parceria com as secretarias estaduais e municipais de Saúde para a implantação do e-SUS, como forma de modernizar o registro de informações, o que deve dar mais agilidade no atendimento dos pacientes:  “Será possível, por exemplo, que o prontuário do paciente que se tem acesso na atenção básica seja seja acessado na UPA ou policlínica”, explica.

Para ela, o e-SUS “é uma grande revolução para acelerar as marcações de consultas e exames, porque o sistema será todo integrado, no momento em  que as informações estiverem num lugar só. Vai dar essa agilidade de atendimento”. Ana Claudia Cardoso informou que o serviço começou com  a digitação das fichas dos pacientes e ao fim de dois anos, todas as unidades já deverão estar usando o prontuário eletrônico.

“A demora para alimentar o banco de dados, é porque há muita informação, cada cidadão e família tem seu prontuário”, afirmou ela. “A gente precisa atualizar isso e fazer uma coisa de forma responsável, por isso a implantação será gradativa”, acrescenta Ana Claudia.

Ela também explicou que existe um cuidado para expandir o e-SUS, “porque se tiver qualquer perda de informação, é perda de produção, então à medida que os problemas vão aparecendo, vão se resolvendo antes de expandir o sistema pra todas as unidades de saúde”.

O técnico da Secretaria Estadual de Saúde Pública (Sesap) responsável pela implantação do e-SUS, Hugo Mota, disse que existem diversos sistemas de informação em saúde, inclusive bancos de dados eletrônicos – “são coisas separadas” -, relacionadas à mortalidade infantil, pré-natal, vigilância alimentar, nascidos vivos, produção ambulatorial, uma série de dados que poderão ser integradas ao e-SUS, porque hoje os sistemas não se complementam.

Hugo Mota afirmou que o e-SUS da Atenção Básica é apenas uma parte do sistema de informação do Ministério da Saúde, porque também existem o e-SUS do SAMU, das UPAs e dos hospitais. Os sistemas de informação da Atenção Básica são utilizados para o monitoramento das estratégias de saúde da família, através da inclusão de dados estatísticos, como o número de famílias atendidas, quantidade de pacientes com diabetes e hipertensos, entre outras informações que permitem o conhecimento do perfil das comunidades atendidas.

Mota disse que em maio do ano passado, pelo menos 157 gestores de saúde municipais participaram de um treinamento sobre o e-SUS, cujo “software” ou programa de computador é disponibilizado gratuitamente aos municípios, conforme os diferentes cenários de informatização quanto a Coleta de Dados Simplificados (CDS) ou  implantação do Prontuário Eletrônico do Cidadão (PEC).

Hugo Mota explica que o e-SUS tem vantagens, como a  apresentação dos dados de forma mais qualificada. “O novo sistema traz um número menor de fichas de trabalho, além de estar interligado a outros sistemas como o que permitirá que uma mesma informação, ao ser inserida pelo município, seja comum a todos os sistemas”.

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