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Natalense bebe, fuma e faz pouco exercício físico

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Isaac Lira – repórter

Natal tem índices mais preocupantes que a maioria das capitais brasileiras no consumo de álcool e cigarro, freqüência de atividades físicas, excesso de peso e obesidade. Os índices foram publicados ontem pelo Ministério da Saúde na pesquisa “Vigitel Brasil 2010 – Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas”. Mais de 54 mil pessoas responderam à 94 questões por telefone nas 26 capitais brasileiras e no Distrito Federal. A pesquisa visa monitorar fatores de risco para o desenvolvimento de doenças crônicas na população brasileira.

Consumo de cigarro é abaixo da média nacional, mas a 2ª do NEConsumo de tabaco, álcool, frutas e hortaliças, feijão, leite com teor integral de gordura, freqüência de atividades físicas, tempo dedicado à televisão, excesso de peso e obesidade. Esses são os nove índices averiguados na pesquisa. Natal ficou acima da média nacional em quatro deles. Enquanto as atividades físicas, o peso e o consumo de álcool são os fatores de risco mais preocupantes com relação à capital, os hábitos alimentares tem índices mais animadores. No consumo de tabaco, a capital está abaixo da média nacional, mas é a segunda do Nordeste que mais consome cigarro.

Em resumo: boa parte dos natalenses está acima do peso ou obesa, bebe mais do que devia e não faz exercícios regularmente. Ao mesmo tempo, come boas quantidades de frutas e verduras, feijão e não fuma. O índice mais significativo é o de pessoas acima do peso: praticamente metade da cidade (49%) está acima do peso ideal, além de 17% das pessoas dentro desse universo com obesidade – quando o excesso de peso se torna doença. Isso coloca Natal como quarta capital do Nordeste em termos de excesso de peso e terceira com mais obesos. A média nacional em excesso de peso e obesidade ficou em 48% e 15% respectivamente.

A pesquisa também revela que em média o natalense tem bebido além da conta. Na capital potiguar, 21% dos entrevistados responderam ter bebido de forma abusiva nos últimos 30 dias. A pesquisa foi realizada entre 31 de dezembro de 2009 e 11 de janeiro de 2010. Tanto no Nordeste quanto no Brasil, Natal é a quinta capital com maior consumo de bebida alcoólica. A média nacional é de 18%, três pontos a menos do praticado em Natal.

O consumo de frutas e hortaliças é um destaque positivo para a capital do Estado. Natal lidera no Nordeste, ao lado de João Pessoa, o ranking de cidades com maior número de pessoas seguindo o recomendável pelo Ministério da Saúde: comer frutas e verduras cinco vezes por dia. Cerca de 19% dos natalenses mantém esse hábito, contra 18% da média do restante do país. Isso coloca Natal em nono lugar no ranking das capitais de todo o Brasil. A freqüência com que se come feijão é outro ponto positivo. No Nordeste, Natal, com 73% das pessoas com consumo em cinco dias ou mais, está em terceiro lugar.

População melhora a qualidade da alimentação

Em relação à pesquisa divulgada ano passado, Natal melhorou sobretudo no que se refere à prática de exercícios físicos. Segundo o Vigitel 2009, Natal era a capital brasileira com menor índice de exercícios físicos durante o tempo livre ou deslocamento trabalho-casa. Hoje, a cidade é a quinta mais mal colocada no ranking das capitais brasileiras.

A mesma coisa acontece com o consumo de frutas e verduras, com a capital potiguar na 12a. Colocação no ano passado em termos nacionais e na nona posição esse ano. A pesquisa no ano passado não incluía itens como tabagismo e consumo de álcool.

Todos esses índices são importantes ao se avaliar a propensão para desenvolver doenças crônicas, principalmente cardiovasculares e justamente por isso os níveis elevados em alguns pontos sugerem a adoção de medidas de controle.

Na avaliação do Ministério da Saúde, o Brasil evoluiu, comparando-se 2009 e 2010, no combate ao consumo de cigarros, mas não conseguiu bons resultados no controle do peso. A explicação é que o aumento do peso é uma tendência mundial.

O Vigitel é realizado anualmente, desde 2006, pelo Ministério da Saúde, em parceria com o Núcleo de Pesquisa em Nutrição e Saúde da Universidade de São Paulo (NUPENS/USP).

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