Quando se fala em alergia a animais, o gato é sempre lembrado. Quem nunca ouviu uma recomendação para não deixar o bichano dormir na cama ou no sofá? Mas engana-se quem acha ser o pelo do gato a principal fonte de reações alérgicas desse animal. Na realidade, são proteínas encontradas na caspa, na urina e na saliva dos felinos.
Por isso, pode-se afirmar que nem todos os gatos são culpados de provocarem alergia. É o que afirma o veterinário Raphael Almeida. Ele próprio é alérgico e cria uma gatinha. Mas nem por isso vive espirrando. 
“A proteína é genética e varia de animal para animal. Não tenho problemas com minha gata, mas já saí espirrando da casa de alguns clientes”, comenta o veterinário, que possui um serviço de atendimento em domicílio (www.vethomenatal.com.br)
Rapahel Almeida recomenda tomar os devidos cuidados de higiene com os gatos, inclusive dando banhos todas as semanas. “Da mesma forma como se dá no cão, com água fria, xampu, tudo. E tem que acostumar desde pequeno, para não dar trabalho depois.”
O alergologista Roberto Pacheco, porém, não aprova a presença de gatos dentro de casa, recomendando criá-los na área externa de casa; ou seja, varanda ou quintal — principalmente em residência de alérgicos. Segundo ele, deixar o felino em cima de cama, nem pensar! “Aquela convivência, num ambiente fechado, vai haver uma proliferação dos fungos do ar, do mofo. E aqui na nossa região principalmente, onde a umidade é bastante elevada.”
#SAIBAMAIS#
Mas as recomendações de Roberto Pacheco não se restringe apenas aos gatos. Pássaros também representam sinal de preocupação, pois a pena é um alérgeno importante. O melhor, segundo o especialista, é tomar todos os cuidados necessários.
“Existem muitos travesseiros de pena. Eles são confortáveis, mas a pena é um foco de alergia. E além de provocar alergia, ela vai acumular o ácaro e o mofo, os fungos do ar. O travesseiro tem que ser de espuma”, indica o médico.
Apesar de soltar menos pelos do que os gatos e oferecerem menos riscos, os cães também devem ter sua própria área reservada e conviver o mínimo possível dentro de casa.
A prevenção à alergia deve ser iniciada o quanto antes, pois, em muitos casos, é mais eficaz do que o tratamento propriamente dito. Deve-se começar nos primeiros meses de vida da criança ou, sabendo-se os pais alérgicos, antes mesmo do bebê nascer.
“A alergia é um processo genético, hereditário e ambiental. A criança que tem uma tendência a ser alérgica, já na gestação os pais têm conhecimento. Neste caso, é importante preparar o ambiente da criança alérgica, o quarto”, indica o alergologista, que também incentiva o aleitamento materno até o sexto mês de vida, pois o leite da mãe doa à criança recém-nascida anticorpos contra a alergia e uma série de outras doenças.
